Desde o dia 17 de dezembro o mundo voltou o olhos para a pequena ilha no Caribe quando Estados Unidos e Cuba anunciaram o acordo, intermediado pelo Papa Francisco, que pôs fim ao último capítulo da Guerra Fria no Continente americano. Depois de 54 anos as duas nações voltam a se aproximar e no próximo dia 20 reabrem as duas embaixadas em mais um passo para o restabelecimento total das relações diplomáticas. Em dezoito meses de diálogo, Cuba já conseguiu sair da lista dos países que apoiam o terrorismo. Mas o entrave final ainda não foi derrubado: o embargo econômico imposto à ilha desde e a revolução de 59 que colocou no poder Fidel Castro e estabeleceu o regime socialista no país. Só o Congresso americano pode levantar o embargo.
A decisão pode polemizar a campanha presidencial americana. O pré-candidato republicano Jeb Bush, o senador Marco Rubio e o senador e também presidenciável republicano Ted Cruz já manifestaram oposição aos esforços de Obama. Quando foi anunciada a retomada das relações diplomáticas, todos criticaram uma suposta conivência com violações de direitos humanos na ilha. Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos ainda existem 60 presos políticos.
O Observatório da Imprensa quer analisar a reaproximação dos dois países através da cobertura da mídia dentro do contexto histórico e cultural que permeou pouco mais de cinco décadas de conflitos.