Você, que está lendo este texto: gostaria se eu lhe enviasse esta mesma mensagem todos os dias? E se mais 10 pessoas resolvessem fazer a mesma coisa? E mais 30?
Sou médico radiologista, uso muito a internet para passagem de imagens médicas e o e-mail é uma ferramenta fundamental para meu trabalho. Nunca dei meu endereço de e-mail ao jornalista Diego Casagrande, nunca me cadastrei em seu site, nem ao menos me interesso por sua opinião, o que é um direito meu.
Mas, mesmo assim, apesar de há semanas pedir gentilmente para que pare de enviar spam para meu endereço, não sou respeitado, e minha caixa de e-mail segue sendo abarrotada pelas mensagens deste jornalista.
Sem saber mais o que fazer, tentei encontrar um telefone para conversar com alguém que pudesse interromper este fluxo de spam para meu endereço e acabei encontrando a notícia ‘Dois pesos e duas medidas’, de Paulo C. Barreto, publicada no Observatório [remissão abaixo].
Parcial e corporativista
O juiz sabe muito bem o que é um spam. Não existem dois pesos ou duas medidas.
Um spam é um e-mail que é enviado por sistemas, como a Procergs, por exemplo, a pessoas que não pediram para recebê-los, todos os dias. Se tiver internet por conexão discada, o usuário que recebe spam é obrigado a pagar pulsos enquanto os spams são baixados para seu computador; e, além disso, as caixas de correio têm uma cota de espaço, o que quer dizer que se alguém fica mandando um e-mail que não se quer pode-se acabar deixando de receber alguma mensagem importante.
Se a Justiça condenou esse cidadão fez pouco, porque ele continua reincidindo no mesmo crime.
Se eu não tiver a sorte de estar sendo lido pelo Sr. Paulo C. Barreto, perguntem a ele se ele gosta daquele lixo que colocam na caixa de correio de sua casa, como propaganda de supermercados, lanchonetes e desentupidoras. Se estiver falando sério, se ele acredita mesmo que o que o Sr. Diego Casagrande faz não é enviar spam, que isso não incomoda os outros, esse seria um bom exemplo, já que, ao que me parece, de correio digital ele não entende muito.
O texto publicado no Observatório é altamente parcial e corporativista. Se quiser ser respeitada a imprensa precisa aprender a ser imparcial, em vez de preocupar-se em defender os seus.