Wednesday, 25 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Refugiados na Europa

O Observatório da Imprensa debate a crise de refugiados na Europa

A comoção mundial provocada pela imagem do corpo do menino curdo Aylan Shenu, de 3 anos, afogado numa praia na Turquia, foi rápida demais. Depois de poucos dias de campanhas de solidariedade e de tentativas de alguns países adotarem cotas para receber os refugiados, os portões voltaram a se fechar. A Hungria construiu grades, cercas, e passou a lançar gás de pimenta contra os imigrantes. A Alemanha estabeleceu controle na fronteira com a Áustria, que também anunciou maior rigor na entrada ao país de estrangeiros ilegais. O ministro do exterior alemão pediu que as nações vizinhas sejam mais firmes e tomem medidas para controlar os refugiados. Mesmo com todo empenho das nações poderosas, milhares de pessoas fogem de guerras, como acontece na Síria, e da fome, caso da África, e arriscam suas vidas na tentativa de conseguir asilo na Europa.

As Nações Unidas já classificaram o drama sírio como a maior emergência humanitária desde a Segunda Guerra Mundial, quando os judeus buscaram refúgio para fugir do Holocausto.

As cenas de naufrágios e dos mortos desta diáspora do século XXI comovem a humanidade e mobilizam a imprensa internacional. Mas será que a mídia consegue explicar as razões complexas destas populações que abandonam os próprios países em troca de um lugar seguro para viver?