– Eduardo Cunha, por enquanto presidente da Câmara dos Deputados, não está a beira de um ataque de nervos, ele surtou. Desta vez não é uma perfídia aprovada em manobra espúria, são duas. Sua tropa de choque evangélica aprovou numa comissão especial proposta de emenda constitucional permitindo que qualquer igreja questione regras e sentenças do Supremo Tribunal Federal. É uma aberração, afronta ao princípio constitucional que garante a laicidade da república brasileira. As religiões, qualquer uma, não podem colocar-se acima dos poderes constituídos, principalmente o judiciário. Religião é subjetiva.
– A outra perfídia do desesperado Eduardo Cunha aconteceu há 15 dias, foi denunciada aqui, neste observatório, e na noite passada chegou ao senado que, por um acordo de líderes aprovou regras para o direito de resposta que ainda não haviam sido regulados. A manobra de Eduardo Cunha foi denunciada pela Folha de São Paulo, reforçada aqui neste Observatório e caiu no vazio. Eduardo Cunha é rápido no gatilho mas esquece que qualquer proposta do congresso que trate da mídia precisa passar antes pelo Conselho de Comunicação Social. Eduardo Cunha só quer fazer barulho, não lhe interessa o bem público. Apenas exibir o poder e também suas manhas e manias.
(Notas produzidas pela equipe do Observatório da Imprensa)