O jornalista Sean Langan, repórter do Channel 4 britânico, foi libertado esta semana após três meses nas mãos de um grupo financiado pelo Talibã. A família do repórter afirmou que negociou sua soltura. Langan, de 43 anos, trabalhava no projeto de um documentário quando foi seqüestrado na fronteira entre Paquistão e Afeganistão. Nos últimos anos, o jornalista trabalhou em projetos no Afeganistão, Iraque, Zimbábue e América Latina. Como era comum que fosse para locais isolados, seus familiares e colegas só tomaram conhecimento do seqüestro dois meses depois de ocorrido. Em declaração, a família de Langan afirmou estar muito feliz com a libertação, mas admitiu que só soube da captura há duas semanas.
O repórter foi solto no sábado (21/6) e voltaria para o Reino Unido dois dias depois. Langan vive em Londres e já produziu outros três filmes para o Channel 4: dois sobre o Talibã e um sobre a América Latina. O documentário Combatendo o Talibã foi indicado ao prêmio Bafta (British Academy of Film and Television Arts) de 2007. Langan também trabalhou para a BBC, onde fez programas sobre o Zimbábue e o Iraque, além do especial Pesadelo no Paraíso, sobre o seqüestro de quatro turistas ocidentais por militantes islâmicos na Caxemira.
Um porta-voz do Foreign Office, Ministério das Relações Exteriores britânico, não deu detalhes sobre o seqüestro ou a libertação, mas afirmou que o jornalista está ‘a salvo e bem’. ‘Nós não tivemos envolvimento na soltura [de Langan], mas fornecemos assistência consular. Qualquer pergunta sobre as circunstâncias do seqüestro devem ser direcionadas a seus empregadores’, declarou. Informações de Alex Berry [The Guardian, 24/6/08].