Li Changchun, membro do Comitê Permanente Politburo – o mais poderoso do Partido Comunista chinês –, garantiu liberdade aos jornalistas estrangeiros que irão fazer a cobertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, em agosto. ‘A China irá obedecer às regulamentações em relação a jornalistas internacionais que estiverem trabalhando no país’, afirmou ele em visita ao Centro Internacional de Mídia em Pequim. Em 2001, quando o país concorria para sediar o evento esportivo, uma das promessas feitas pelo governo foi a liberdade à imprensa.
Embora autoridades chinesas tenham prometido acesso livre a repórteres, correspondentes ainda são ameaçados ou barrados. Na semana passada, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch acusou a China de violar o compromisso de liberdade de imprensa e de continuar a bloquear jornalistas estrangeiros, com alguns recebendo sérias ameaças a sua segurança. No começo de julho, a emissora de TV alemã ZDF, que detém os direitos de transmissão dos Jogos, teve uma entrevista ao vivo na Grande Muralha interrompida por policiais uniformizados e à paisana, que chegaram a pular em frente às câmeras.
Segundo Changchun, jornalistas poderão reclamar formalmente e diretamente com Liu Qi, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, caso sintam-se insatisfeitos com o tratamento recebido. Há 18 meses, uma lei passou a dar permissão para que jornalistas se locomovam livremente no país, sem permissão prévia – antes, profissionais de imprensa estrangeiros precisavam obter licenças do governo para viajar pelas províncias. Informações de Henry Sanderson [AP, 11/7/08].