Sobre a correlação entre a construção da usina e a enchente de 2014 e a ações do consórcio Santo Antônio Energia (SAE), controlador da usina:
Resposta da SAE – A Hidrelétrica Santo Antônio não possui qualquer relação com a cheia histórica ocorrida em 2014, decorrente, de acordo com institutos especializados, das chuvas nas cabeceiras do rio Madeira. Como empresa estabelecida em Porto Velho e com forte parceria com a sociedade local, a Santo Antônio Energia prestou apoio humanitário à Defesa Civil Municipal para o atendimento às famílias desabrigadas. Foram entregues mais de quatro mil cestas básicas, cerca de 30 mil litros de água mineral, mais de 13 mil litros de combustível e mais de 13 mil quilos de carne. Além disso, disponibilizou caminhonetes, caminhões baú, caminhões para mudança, materiais de apoio como impressoras e rádios comunicadores e ainda duas embarcações para o resgate de famílias no Baixo Madeira.
Leia mais:
– Prioritária, cobertura sobre impacto das cheias do rio Madeira reflui na seca;
– A visão de Marcelo Freire, editor-chefe do Diário da Amazônia, líder em Porto Velho;
– A visão de João Marques Dutra, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB);
– A visão de Raphael Luis Pereira Bevilaqua, procurador da República em Rondônia;
– Usinas acabam com deficit energético, mas impacto socioambiental ainda é incógnita.
Sobre a cobrança da defesa civil municipal de Porto Velho para a publicação de um plano conjunto de evacuação de emergência da cidade:
– A aplicação para o setor elétrico da Lei da Política Nacional de Segurança de Barragens apenas foi regulamentada pela Aneel em 22 de dezembro de 2015, estabelecendo os critérios necessários para a elaboração do Plano de Segurança de Barragens. Esta regulamentação garante o prazo de dois anos para a elaboração e apresentação do relatório e do Plano de Segurança de Barragens da Hidrelétrica Santo Antônio.
A Santo Antônio Energia já iniciou a elaboração do referido plano de Segurança e apresentará o documento dentro do prazo estabelecido pela Aneel que é dezembro de 2017. Independente desta regulamentação, a Hidrelétrica Santo Antônio possui um sistema de monitoramento e supervisão da barragem, atendendo as atuais exigências dos órgãos do setor elétrico, que garante a total segurança do empreendimento.
Reiterando o compromisso da Hidrelétrica Santo Antônio com a sustentabilidade, informamos que o empreendimento funciona de acordo com a Licença de Operação (LO) e sua a implantação se deu com a mais estrita observância das condicionantes impostas no Licenciamento Ambiental, inexistindo qualquer irregularidade.
Salientamos que a Hidrelétrica Santo Antônio foi projetada e construída com base em critérios específicos e normas internacionais de engenharia, sendo absolutamente segura e dimensionada para suportar vazões muito superiores à provocada pela cheia histórica de 2014. Seu projeto foi concebido com base em rigorosos estudos estruturais e ambientais, acompanhados e aprovados por todos os órgãos competentes, tanto na concepção do projeto como durante toda a construção.
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Diogo Magri, Fernanda Giacomassi e Victória Damasceno são alunos da disciplina de Ética, da Graduação em Jornalismo na Escola de Comunicações e Arte, da Universidade de São Paulo.