No jogo de gato e rato proporcionado pelas duas mais relevantes emissoras da televisão brasileira, a falha de uma das concorrentes consubstancia-se em uma fatalidade para seus negócios, cujo fulcro busca continuamente a alavancagem dos índices de audiência e, por conseguinte, a lucratividade. E foi justamente o que ocorreu. Uma delas conseguiu obter informações valiosíssimas sobre a outra, especialmente sobre seu comandante, Edir Macedo.
Com a investigação realizada pelos órgãos públicos, o citado personagem estaria encabeçando uma das maiores quadrilhas que o país atualmente possui, com esquemas de lavagem de dinheiro e compra de ativos com a renda obtida dos fiéis de sua igreja. Não deixando por menos, sua maior rival dedicou consideráveis 15 minutos de reportagem no telejornal de maior audiência do horário nobre, relatando minudentemente a aludida atividade ilícita, inclusive em seu outro telejornal no dia seguinte pela manhã, revisando todo o conteúdo da matéria.
Quem sai ganhando é o cidadão
Ao que tudo indica, a briga não vai parar por aí. Até mesmo o senador Marcelo Crivela já saiu em defesa de seu tio no Plenário do Senado Federal, asseverando que outros já tentaram incriminar a imagem de elementos ligados à sua religião havia 10 anos e não lograram êxito. Só que desta vez o formato de acusação é outro, com a participação efetiva e declarada da antagonista global com enfoque orientado na qualidade de serviços prestados ao telespectador, como periodicamente o faz em chamadas comerciais.
No meio de todo esse conflito está o público, uns indecisos e outros mais convictos do que nunca, seja a favor ou contra de todo esse episódio. No mais, quem sai ganhando nisso tudo é o próprio cidadão, pois situações desse gênero só vêm despertar ainda mais a capacidade crítica de se escolher onde obter informações fidedignas em tantos veículos de comunicação, contribuindo, desta maneira, para o aperfeiçoamento da estrutura jornalística brasileira em geral.
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Administrador de empresas, João Pessoa, PB