A família do fotógrafo do The Times, Richard Mills, cancelou seu pedido de investigação sobre a morte dele enquanto estava a trabalho no Zimbábue. Mills, de 41 anos, trabalhava no diário desde 2000 e foi encontrado morto em seu quarto de hotel em Harare, no começo de julho. Quem encontrou seu corpo foi Catherine Philp, correspondente do diário que realizava com ele uma reportagem sobre a crise política na região.
A autópsia em Harare concluiu que a causa da morte foi suicídio. Catharine concordou com o resultado. Entretanto, a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) pediu na época uma investigação, alegando que a família do repórter havia solicitado. Agora, a FIJ também retirou o pedido, noticia Stephen Brook [The Guardian, 31/7/08].
‘Tendo a oportunidade de examinar em detalhes as circunstâncias envolvendo a morte de Richard, estamos agora conformados com o fato que ele tirou sua própria vida’, afirmou a família em declaração. ‘Nós reconhecemos que o sofrimento e a extrema miséria que ele testemunhou em muitas situações angustiantes eram difíceis para ele suportar. Pedimos à mídia para parar de especular sobre a sua morte e deixar a família fazer o luto em paz’.
O secretário-geral da FIJ, Aidan White, explicou que a declaração da família levou a organização a retirar o pedido: ‘Nossa declaração inicial era uma resposta a um pedido da família dele, mas decidimos não pressionar e retirar nosso pedido após uma nova manifestação da família reconhecendo que não era preciso uma investigação. Esta tragédia reflete as pressões sofridas por jornalistas que têm que cobrir eventos traumáticos’.