Depois de ter investido quase US$ 900 milhões pelos direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de Pequim nos EUA, executivos da NBC estão determinados a fazer com que os telespectadores assistam à TV, ao mesmo tempo em que tentam construir uma audiência online por meio do sítio NBC Olympics, noticia Paul Thomasch [Reuters, 14/8/08].
A idéia é atrair anunciantes para futuros eventos, com base no sucesso da iniciativa. É um equilíbrio difícil: concentrar na transmissão televisiva e arriscar perder o barco da próxima geração de fãs online das Olimpíadas; ou colocar muito contéudo na rede e correr o risco de que telespectadores ignorem a cobertura na TV, onde anunciantes pagaram caro para comerciais. ‘É uma tentativa de apostar tanto no online quanto no offline. E é uma parte do que os anunciantes querem que façamos’, opinou Bob Jeffrey, executivo-chefe da agência de publicidade JWT.
Os números – online e offline – foram positivos para a NBC. Quase 30 milhões de pessoas já visitaram o sítio, com 456 milhões de pages views (páginas acessadas) e cerca de 6,3 milhões de clipes compartilhados – mais que os números das Olimpíadas de Atenas, em 2004. Já a audiência televisiva é campeã: a média diária é de 30 milhões de telespectadores e mais outros milhões nos canais a cabo da rede. No sábado (16/8) à noite, quando o nadador Michael Phelps ganhou sua oitava medalha de ouro, 39,9 milhões estavam assistindo à NBC – o programa mais visto em 18 anos.
Diferenças entre as plataformas
O sítio atrai mais audiência durante o dia; enquanto a TV durante a noite. No sítio, é possível ter acesso a resultados, destaques, estatísticas, análises e replays dos eventos – tudo de graça. Os usuários devem apenas fazer o download do programa Silverlight, da Microsoft.
O NBCOlympics.com oferece 2.200 horas de transmissão ao vivo de 25 modalidades diferentes. Nos Jogos de Inverno, eram apenas duas horas. ‘Eles definitivamente querem proteger audiência de TV, mas temos que lhes dar crédito porque estão colocando uma tonelada de vídeos online’, disse Michael Shields, editor da Mediaweek. Com informações de Bill Carter e Richard Sandomir [New York Times, 18/8/08].