As acusações de que o livro The Obama Nation (A Nação de Obama, tradução livre) seja um conjunto de calúnias para difamar o candidato Barack Obama não impediu que ele ficasse no topo da lista elaborada pelo New York Times dos mais vendidos na semana passada. O nome do livro é uma brincadeira com a palavra ‘abomination’ (abominação, em inglês). Nele, o autor Jerome Corsi questiona se o candidato democrata ainda consome maconha e cocaína e insinua que ele é muçulmano, embora insista ser cristão. Nas suas memórias, Obama diz que parou de usar drogas no começo dos anos 80. O porta-voz da campanha de Obama, Tommy Vietor, disse que o livro é apenas uma ‘série de mentiras nas quais há muito tempo ninguém mais acredita’. ‘A verdade é que há muitos livros assim, que tentam ganhar dinheiro com a campanha presidencial. Vamos tomar todas as medidas necessárias para responder a estas calúnias’, afirmou Vietor. Alguns partidários de Obama acreditam que grupos conservadores compraram os livros apenas para inflar as vendas – o que é negado pelo autor. Corsi defende-se e diz que não apóia o candidato republicano John McCain, mas é enfático em dizer que quer impedir a vitória de Obama. ‘Apontei muitas mentiras. A autobiografia de Obama transformou a história dele de vida em ficção e a verdade é dramaticamente diferente em muitas vertentes’, disparou. Não é o primeiro candidato presidencial democrata que é atacado por Corsi. Em 2004, o alvo foi John Kerry. Ele foi o co-autor de Unfit for Command (Não foi feito para comandar, tradução livre), que questiona o histórico militar de Kerry. O livro foi o pontapé para uma campanha devastadora contra Kerry, que perdeu as eleições para George W. Bush. Informações de Michelle Nichols [Reuters, 15/8/08].