ELEIÇÕES NOS EUA
Busca é com McCain; Rede social é com Obama, 29/8
‘As conclusões são do Wall Street Journal e do Silicon Alley Insider, que publicaram levantamentos parciais do desempenho das campanhas online dos dois candidatos à presidência dos EUA.
Apesar de todo hype em cima do nome do democrata Barack Obama, os vídeos do canal no YouTube do republicano John McCain foram os que tiveram mais visualizações no último mês.
E ainda. A campanha de McCain investe mais e de forma inteligente em ‘marketing de busca’.
Exemplo. Quando é feita uma busca no Google por John Biden, vice de Obama, o primeiro link patrocinado a aparecer leva para um site da campanha de McCain, em que há um vídeo antigo de Biden fazendo críticas ao próprio Obama.
Uma rede social para ganhar mais dinheiro
O grande trunfo da campanha de Obama está em seu site, que tem o dobro de visitas mensais [3.3 mi de visitantes únicos] em relação ao do candidato republicano.
Além disso, o endereço funciona como uma plataforma de rede social, que diga-se de passagem, foi desenvolvida e é coordenada por Chris Hughes, um dos fundadores da Facebook e que hoje trabalha fulltime na campanha online do Obama.
O site é utilizado para mobilizar militantes e arrecadar doações de mais dinheiro para depois anunciar… mais na TV. Lá como aqui, o dinheiro das campanhas gira em torno de TV.
Segundo dados da TNS Media Intelligence, desde fevereiro de 2007, os candidatos gastaram US$ 7 milhões em propaganda online, enquanto na TV o valor foi de US$ 300 milhões.’
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Silverlight, Qik, Blogueiros, YouTube: a convenção das novas mídias, 26/8
‘A convenção nacional do Partido Democrata nos EUA, que começou nesta segunda-feira, é uma amostra para onde caminham as coberturas de grandes eventos.
Empresas de mídia aproveitam para testar novas ferramentas e dinâmicas de cobertura. O destaque são as transmissões ao vivo de vídeo pelo celular.
– A KLAS-TV, de Las Vegas, afiliada da CBS, enviou estudantes de jornalismo para cobrir o evento com um celular N95, parceria com a Nokia, e o apoio do site Kyte, que permite fazer transmissões ao vivo de vídeo pelo celular. O resultado começa a aparecer aqui.
– Da mesma forma, o canal C-SPAN está utilizando o Qik para fazer transmissões ao vivo e flagrou um protesto do lado de fora da convenção, que não foi mostrado pelas TVs.
– O portal The Huffington Post segue pelo mesmo caminho, com repórteres espalhados pela convenção equipados com celulares.
Estudantes da Klas-TV
– O chamativo é a quantidade de blogueiros políticos credenciados para cobrir a convenção.
Em entrevista ao NYT no domingo, o diretor de comunicação do Partido Democrata afirmou que credenciando blogueiros, você abre a convenção para um novo tipo de audiência, mais focada e jovem. Os posts produzidos estão sendo agregados aqui.
– Semelhante à CNN durante a visita do papa aos EUA, o YouTube montou diversos quiosques, onde as pessoas podem fazer o upload de vídeos e fotos sobre a convenção.
De certa forma, é uma maneira de trazer mais imediatismo ao conteúdo no YouTube, forçando o usuário a não subir o conteúdo bem depois, quando chegar em casa.
– A Microsoft aproveitou para utilizar e fazer propaganda da Silverlight, tecnologia utilizada na transmissão de vídeos ao vivo via web.
A Silverlight foi usada pela NBC para fazer transmissão dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Nova audiência: espaço reservado aos blogueiros
Dois aspectos são perceptíveis. Primeiro, a quantidade de conteúdo produzido com o celular, tanto por profissionais como amadores. Serviços de transmissão ao vivo de vídeo pelo celular estão em destaque.
E segundo – o quanto foram criadas diversas novas camadas de informação – os blogueiros com o lance a lance dos discursos, as transmissões em vídeo ao vivo pelo celular, o conteúdo mais imediatista no YouTube – que complementam a cobertura tradicional feitas pelas emissoras de TV e os jornais impressos.
Acredito que muitos outros eventos grandes – shows, convenções, finais de campeonatos de futebol – caminham para esse modelo de cobertura. De certa forma, a Campus Party, aqui, no Brasil, foi assim.’
COISA DE CINEMA
Facebook pode virar filme e Wikipedia ganha documentário, 29/8
‘Em entrevista à BBC, o roteirista e produtor Aaron Sorkin, criador da série ‘The West Wing’, disse que está em negociação para produzir um filme sobre a história dos fundadores da Facebook, rede social que mais cresce na América Latina.
O Google merecia bem mais um filme. Mas, se depender dos últimos acontecimentos envolvendo a Facebook, a obra de Sorkin poderá dar um bom filme sobre processos, cópia de códigos, problemas com privacidade e trocas de acusações na imprensa.
Mais certeza é estrear, em 2009, o Truth in Numbers – The World According to Wikipedia, o primeiro filme-documentário sobre a enciclopédia online Wikipedia, considerada um ‘ícone da web colaborativa’.
Enquanto isso, Mark Zuckerberg, fundador da Facebook, aparece nas telas somente quando é alvo dos paparazzi.’
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