A imprensa pôde acompanhar, pela primeira vez em 18 anos, a chegada do caixão de um membro das Forças Armadas dos EUA à base aérea de Dover, em Delaware. O sargento da Força Aérea americana Phillip Myers, de 30 anos, morreu em uma explosão no sábado (4/4), no Afeganistão.
A cobertura da chegada do caixão de Myers, no domingo (5/4), só foi possível porque o governo do presidente Barack Obama afrouxou uma regra imposta em 1991, durante a primeira Guerra do Golfo, proibindo que jornalistas acompanhassem e registrassem em imagens a chegada de militares mortos em combate aos EUA. Agora, as famílias das vítimas podem escolher se permitem a presença de câmeras na cerimônia oficial de chegada do caixão.
A proibição teve poucas exceções, como os caixões de membros da Marinha mortos durante um ataque em um porto no Iêmen em 2000. Durante sua guerra do terror no Afeganistão e Iraque, o presidente George W. Bush impôs uma proibição ainda mais rígida, o que gerou acusações de que o governo federal estaria tentando esconder o custo humano de suas operações militares, O Pentágono afirma que pelo menos 4.262 membros das Forças Armadas morreram no Iraque desde a invasão americana, em março de 2003. Outros 637 teriam sido mortos no Afeganistão desde a invasão ao país e retirada do Talibã do poder, em 2001, logo após os ataques de 11 de setembro. Informações de JoAnne Allen [Reuters, 6/3/09].