MORDAÇA
Tarso Genro nega que projeto de lei iniba a atividade jornalística, 19/9
‘O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou nesta sexta-feira (19/09) que o projeto enviado para apreciação no Congresso afete a atuação dos jornalistas. Segundo o ministro, o acesso à informação e o sigilo da fonte constituem elementos importantes para o exercício da liberdade de imprensa, além de serem prerrogativas constitucionais.
Na quinta-feira, o Governo Federal encaminhou projeto de lei que torna mais rígida a punição para quem vazar conteúdo de escutas telefônicas ilegais. Caso seja aprovado, o texto do artigo 151 do Código Penal será modificado e quem ‘utilizar o resultado de interceptações de comunicação telefônica ou telemática para fins diversos dos previstos em lei’ estará sujeito à pena de dois a quatro anos de reclusão mais pagamento de multa.
A proposta também prevê a mesma pena para quem ‘violar o sigilo ou o segredo de justiça das informações obtidas por meio de interceptação de comunicação de qualquer natureza’.
Mudanças geram controvérsia
Essas duas modificações estão causando controvérsia, já que podem gerar a interpretação de que jornalistas que publicarem grampos vazados e as fontes que passarem as informações para a imprensa possam ser enquadrados criminalmente.
O ministro da Justiça afirmou que quem entende as mudanças dessa maneira não leu o projeto ou ‘não teve clareza jurídica e técnica’ suficiente para compreendê-lo. Em defesa da proposta, Genro assegurou que ela consolida num só tipo penal delitos já existentes.
‘O que o projeto faz é dizer que utilizar essas informações para fins de obter vantagem ou proporcionar injúria, calúnia ou difamação passa a ser um delito conjugado, apenas isso’, explicou o ministro por meio de nota divulgada pela assessoria.
Jobim defendeu tese em CPI dos Grampos
Na última quarta-feira, em depoimento na CPI das Escutas Telefônicas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu a flexibilização do direito de sigilo da fonte e a responsabilização do jornalista que vazar escutas clandestinas.
O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, classificou o projeto de lei como um ‘retrocesso’. Em sua opinião, o tema ‘não deve ser tratado por lei, muito menos no campo das medidas penais. É um assunto para a ética profissional’.
Fenaj assume parcela de culpa da imprensa
Apesar das críticas, Murillo também responsabilizou a própria imprensa por não ter constituído instâncias para que casos como esses fossem apreciados.
‘Por não termos criado mecanismos para disciplinar as normas éticas, nós acabamos abrindo espaço para esse tipo de encaminhamento’, afirma Murillo.
Proposta não vingou nem mesmo na época da ditadura, diz ANJ
O vice-presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Júlio César Mesquita, condenou ‘a insistência do governo em buscar formas de punir jornalistas e meios de comunicação pelas informações que divulgam’. Por meio de nota divulgada à imprensa, Mesquita afirma que o projeto de lei atinge diretamente a liberdade de imprensa.
‘Tais atitudes e posições do governo vão na contramão das repetidas declarações públicas do Presidente da República, de que, sem uma imprensa livre, não teria tido condições de realizar seu projeto político e de chegar onde chegou. (…) É uma proposta autoritária e antidemocrática, que não vingou nem mesmo na época da ditadura militar, de triste memória’, diz a nota.’
Milton Coelho da Graça
Poder arreganha dentes para nós, 19/9
‘Quanto mais avança a democracia, quanto mais avança a tecnologia, mais o poder quer xeretar nossas vidas e menos aceita que os jornalistas descubram e divulguem um pouquinho do resultado dessa xeretice.
Por que o ministro da Justiça não mandou um projeto de lei ao Congresso com penas mais duras para violações do sigilo bancário dos cidadãos, como aquela ordenada pelo ex-ministro Antonio Palocci (e respeitosamente cumpridas por dirigentes de estatais) contra o pobre caseiro da casa de diversões mais famosa de Brasília?
Por que Legislativo e Judiciário nada fizeram depois que João Paulo Cunha, presidente da Câmara Federal, graças a informações obtidas por grampos, mandou parar a enxurrada de convocações de empresários pela Comissão de Fiscalização de Atividades Financeiras, onde eram polidamente ‘escalpelados’?
E, porque nada fizeram, o ‘Coringa’ dessa Comissão continuou subindo na vida. Agora, como presidente da Constituição e Justiça, a mais importante nas duas casas do Congresso, é o pior espinho parlamentar contra o presidente Lula, exigindo sempre um ‘presentinho’ para dar andamento a qualquer iniciativa do Governo. O mais recente ‘presentinho’ exigido é o fundo de pensão Real Grandeza, dos funcionários de Furnas, um dos mais bem administrados do país.
Estou contando tudo isso antes que seja aprovado esse projeto provavelmente elaborado de comum acordo entre os três poderes da República (embora Lula esteja calado). O ministro Tarso Genro explicou hoje (sexta, 19/9): ‘Quem diz que o texto abre brecha para punir jornalistas não leu o projeto ou não teve clareza jurídica e técnica para compreendê-lo’.
Ministro, li umas três ou quatro vezes. Reconheço que talvez não tenha clareza jurídica para compreender o que V. Exa. pretende. Mas os únicos textos ministeriais que às vezes não consigo compreender são os do ministro Mangabeira Unger.
Em quase 50 anos de carreira, sempre entendi bem todos os outros. E está claríssima a intenção de impor medo e punir qualquer investigação jornalística que se inicie ou inclua informações obtidas através de um e-mail ou grampo, referentes a um tema de interesse público, mesmo que a matéria não reproduza nem se refira a essa origem. ‘Utilizar o RESULTADO de interceptação’ é bastante vago para nos sujeitar a prisão
de quatro anos e multa, com anuência e até aplauso, suspeito, de uma significativa parcela do Judiciário.
O projeto modifica o artigo 151 do Código Penal. O parágrafo 1º e seu inciso II (clique aqui para conhecer bem a ameaça) estão cuidadosamente redigidos. As palavras ‘imprensa’ e ‘jornalista’ não aparecem, mas é a nós que se referem.
E já está no forno outra paulada, desta vez anunciada pelo ministro Nelson Jobim, visivelmente entusiasmado pelas fotos com uniforme de combatente. O alvo é o sigilo da fonte.
Todo governante sonha com a absoluta fidelidade do aparelho de Estado, mas a democracia depende vitalmente da lealdade de cada funcionário público o interesse do Estado e da legalidade constitucional acima dos desejos de superiores hierárquicos. Quando o governante usa uniforme e a lei não nos protege, ele não apenas sonha, baixa o sarrafo.
Falo de cadeira porque peguei um mês no DOI-CODI e uma condenação a seis meses no presídio do Hipódromo, por fazer com outros companheiros um jornal clandestino (Notícias Censuradas) quando o ditador Médici proibiu a divulgação de notícias sobre uma epidemia de meningite e prejudicou o combate à doença. Se os médicos no Rio e em São Paulo tivessem baixado a cabeça e não divulgassem o que estava acontecendo, teria havido um número ainda maior de mortes.
Mencionei lá em cima que o presidente Lula até agora está calado sobre esses dois temas. Tenho sincera esperança de que ele ordenará ‘meia volta volver’ a todos os ministros, parlamentares e juízes que sonham com um Brasil sem jornalistas xeretas.
(*) Milton Coelho da Graça, 78, jornalista desde 1959. Foi editor-chefe de O Globo e outros jornais (inclusive os clandestinos Notícias Censuradas e Resistência), das revistas Realidade, IstoÉ, 4 Rodas, Placar, Intervalo e deste Comunique-se.’
JORNAL DA IMPRENÇA
Quem se garante quando tá todo mundo nu?, 18/9
‘Quanta angústia
dessa espera quanto
sangue em cada mão
(Léo Bueno in Como o atrito…)
Quem se garante quando tá todo mundo nu?
O considerado Paulo Moreira, repórter de economia do Diário do Vale, de Volta Redonda, despacha de seu QG ao lado da Companhia Siderúrgica Nacional:
Esta que saiu no G1 do dia 9 de setembro só pode ser ironia ou ato falho.
A matéria é sobre um congresso de naturistas, a se realizar na Paraíba. No segundo parágrafo, alguém tascou: ‘O Brasil é um importante país no mundo do naturismo. Não apenas tem o clima ideal, as pessoas aqui também são mais livres dos preconceitos que assolam as sociedades americana e européia’, contou Volac, presidente da Federeção Internacional de Naturismo, ao G1, em entrevista exclusiva.
FederAção eu sei o que é, mas federEção, principalmente de naturistas, não deve dar (ops!) em boa coisa…
É mesmo, ó Moreira; quando está todo mundo nu, ninguém pode se garantir. Nem na Paraíba, antigamente terra de cabra macho.
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Consumidor arrependido
O considerado Marcus Cyranka, cidadão carioca, engenheiro de idéias, remete de seu escritório na Rua Siqueira Campos, território livre de Copacabana:
‘O Citroën C3 LPU 0074 circulava em Vila Isabel com o seguinte adesivo no vidro traseiro: Vendo esta merda. E divulgava o site www.nuncamais.net, que reúne histórias de consumidores arrependidos.’
E olhe que era um Citroën; o que o arrependido não escreveria se o carro fosse uma Brasília amarela?
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Léo Bueno
Como o atrito, a dor opera é o título do poema cujo fragmento encima esta coluna; são versos que dizem da angústia da espera, do sorriso tomado a laço; dizem, enfim, do viver, assim que seja sem querença de peleja. Leia íntegra no Blogstraquis.
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Réquiem pro Vascão
O maior tormento do torcedor vascaíno é saber que se o time cair para a Segundona, como deve acontecer, nunca mais sairá daquele vale de lágrimas. Janistraquis, eleitor tão otimista que vai lançar a candidatura de Marta Suplicy a Miss Simpatia da Terceira Idade, discorda de meus horrendos presságios:
‘Considerado, ânimo porque agora vai! Acabamos de recontratar o Odvan pra botar ordem na nossa defesa!!!’
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O homem errado
O considerado Marco Antonio Zanfra, assessor de imprensa do Detran de Santa Catarina, que construiu seu refúgio ecológico na praia do Morro das Pedras e não na Joaquina, como nos informara um araponga da Abin, pois Zanfra expediu daquela paragem ornamental:
E por falar em ‘erramos’, esta pérola ter-me-ia passado despercebida, caso o próprio ‘Diário Catarinense’ não publicasse a correção nesta sexta-feira, 12 de setembro:
O governador de Santa Catarina, em 1958, era Jorge Lacerda e não Carlos Lacerda, como foi publicado ontem na coluna de Juliana Wosgraus, no Variedades.
Só rindo.
Pois é, naquele glorioso ano de 1958, quando o Brasil ganhou a primeira Copa do Mundo, Brasília ainda estava em construção e tínhamos na presidência da República um homem que sabia ler e escrever, Carlos Lacerda se preparava para governar o futuro Estado da Guanabara, conhecido desde o Descobrimento como Rio de Janeiro.
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Cadáveres vingativos
O considerado Paulo Droescher, jornalista paulistano, remete de sua égide nos altos do Sumaré:
Ainda estarrecido com a brutalidade desse ser que, com ajuda da amásia, matou, queimou e esquartejou os próprios filhos, lia matéria do portal Terra sobre a reconstituição do hediondo crime quando deparei com a seguinte ‘pérola’:
‘Uma das contradições entre o depoimento do casal e a reconstituição do crime está na ausência de indícios de que tenha acontecido alguma violência na cozinha, como o casal relatou na delegacia. De acordo com o delegado, o local em que os garotos foram queimados e da retaliação de seus cadáveres foi o mesmo.’
Bom seria se os pobres garotos tivessem tido alguma chance de retaliação antes do inqualificável fim que tiveram. Mas, infelizmente, se nem assim eles puderam reagir à violência, depois de mortos é que não puderam justiçar o casal de monstros, que está bem inteiro conforme constatamos diariamente na exaustiva cobertura sobre o caso.
Janistraquis ficou impressionado com a retaliação dos meninos, ó Droescher, e, embora seja contrário à pena de morte, abriria uma exceção no presente caso.
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Ignorância americana
O considerado Camilo Viana, diretor de nossa sucursal em Belo Horizonte, cuja sede é vizinha do Palácio da Liberdade, onde Aécio promete que começará a governar brevemente, pois Camilo leu no The Boston Globe:
President Evo Morales of Brazil tried to quell violence.
Camilo não deixou passar em branco:
‘Depois dos discursos de Reagan, do Bush, de todos eles, agora também imprimem a infamante besteira!!!’
É deverasmente doloroso. Janistraquis já estava conformado com ‘Brasil, capital Buenos Aires’, e agora vem essa…
(Leia no Blogstraquis artigo de Camilo Viana, diretor de nossa sucursal em Minas, no qual ele analisa o Epifenômeno Daniel Dantas.)
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Galho de árvore
A considerada Rebecca Fontes, assessora de imprensa no Ceará, envia de seu paraíso vizinho à Praça do Ferreira, em Fortaleza:
Esta pérola foi publicada no Terra e não pude deixar passar:
‘Corpo’ de soldado da 2ª Guerra é galho de árvore
O suposto corpo de um soldado da Segunda Guerra encontrado em uma floresta em Papua Nova Guiné é na verdade um galho de árvore coberto de musgo, informou o Departamento de Defesa Aérea australiano.
No dia 28 de agosto, um dos membros de uma expedição de trekking em Kokoda, no leste do país no Oceano Pacífico, avistou o que parecia ser um cadáver pendurado de uma árvore. (?!?)
Desolada, Rebecca comentou:
Às vezes dói tanto ler algumas manchetes…
Janistraquis acha que, além de doer, coça como o diabo!
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Muito prazer
Janistraquis perdeu a paciência com o Shopping UOL:
‘Considerado, é duro você ligar o computador todos os dias e todos os dias deparar com a banalização dessa tão incompreendida crase; é ‘internet sem fio à partir de R$ 129’; ‘sapatos e botas à partir de R$ 189,90’; ‘pantufa de coelhinho à partir de R$ 19’ e por aí vai. A gente até desiste de comprar alguma coisa! Será que os redatores dos anúncios ainda não foram apresentados à gramática?’.
É possível; e eu mesmo desisti de comprar a pantufa de coelhinho.
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A notícia do ano
Janistraquis jurou que leu a seguinte manchete na Folha Online:
Aprovação de Lula bate recorde histérico, diz Datafolha
Fui conferir o que não seria nada absurdo, porém não se tratava de recorde histérico, mas recorde histórico.
Meu assistente bateu o pé:
‘Considerado, histórico ou histérico, tudo o que vem de Lula é ilusório.’
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Mauro Santayana
Leia no Blogstraquis a íntegra do artigo que o Mestre escreveu no Jornal do Brasil. Começa assim:
O que está ocorrendo na Bolívia ocorreu no Brasil, em 1964; no Chile, em 1973; na Argentina, em 1976, e quase ocorreu na Venezuela, em 2002. Tudo começou com a usurpação de 1.300 mil km² do território do México, na guerra movida pelo presidente Polk (1846/1848). E em 1856, o mercenário ianque William Walker se declarou presidente da Nicarágua. Podemos deixar de lado o caso bem conhecido da intervenção em Cuba, desde sua ‘independência’ até a Revolução de 1959.
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Promoção injusta
O considerado Alfredo Spínola, jornalista paulistano, aquele que ajudou a derrubar um ombudsman da Folha, conforme não ignoram os leitores da coluna, pois Spínola passava os olhos na primeira página da Gazeta Mercantil quando eles (os olhos) derraparam na pista escorregadia traduzida por este título:
Moto já representa 73% do mercado de carros
Janistraquis também ficou impressionado, ó Spínola, porque nunca imaginou que, apesar de responsável direta por tantos e tantos acidentes, a moto pudesse ser promovida a carro!!!
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Nota dez
O considerado Roldão Simas Filho, diretor de nossa sucursal em Brasília, de cuja janelinha do banheiro, em escalando-se o vaso sanitário, avistam-se passaralhos a decolar do gramado defronte ao Palácio do Planalto, pois Roldão envia a Nota Dez da semana, aninhada no blog do não menos considerado Hugo Studart sob o título O esquema Dilma-Lula na privatização dos aeroportos:
Publiquei ontem um post sobre a privatização do Galeão e de Viracopos com o título ‘Afinal, Dilma é mesmo ex-assaltante de banco?’. Acabo de confirmar. Um grupo suíço deve ficar com o Galeão e uma empreiteira nacional com Viracopos. Por trás, pode estar uma nova forma de financiamento público da campanha presidencial.
Clique aqui e leia detalhes do que andam aprontando por lá.
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Errei, sim!
‘37 mais 5= 41! – Conta feita pelo Jornal do Brasil a propósito da brilhante carreira do atleta mexicano Arturo Barrios, vencedor da São Silvestre: ‘O atleta mostrou como estabeleceu nos últimos cinco anos a invejável marca de 37 vitórias e cinco segundos lugares em 41 corridas de rua das quais participou’.
Janistraquis garantiu que 37 mais cinco dá 42 e não 41, e comentou, mordaz: ‘Considerado, o redator parece membro da equipe da Zélia; toda vez que soma, a gente perde alguma coisa’.
N. da R.: Zélia é aquela do ‘Besame Mucho; a que foi ministra. (fevereiro de 1991’)
Colaborem com a coluna, que é atualizada às quintas-feiras: Caixa Postal 067 – CEP 12530-970, Cunha (SP), ou japi.coluna@gmail.com.
(*) Paraibano, 66 anos de idade e 46 de profissão, é jornalista, escritor e torcedor do Vasco. Trabalhou, entre outros, no Correio de Minas, Última Hora, Jornal do Brasil, Pais&Filhos, Jornal da Tarde, Istoé, Veja, Placar, Elle. E foi editor-chefe do Fantástico. Criou os prêmios Líbero Badaró e Claudio Abramo. Também escreveu nove livros (dos quais três romances) e o mais recente é a seleção de crônicas intitulada ‘Carta a Uma Paixão Definitiva’.’
PRÊMIO
Ao homenagear os jornalistas, devemos celebrar o bom jornalismo, 17/9
‘Quem esteve no HSBC Brasil na noite desta terça-feira, 16 de setembro, pôde perceber a felicidade estampada no rosto de mais de uma centena de jornalistas indicados finalistas do Prêmio Comunique-se 2008. E não eram quaisquer jornalistas, mas sim os melhores entre os melhores, aqueles que foram escolhidos pelos próprios companheiros em duas acirradas etapas para chegar à finalíssima.
Para essa reflexão que aqui faço não importa os nomes dos que ficaram com os troféus já que todos ali são vencedores. Importa saber que, ao homenagear os bons jornalistas, estamos celebrando por extensão o bom jornalismo, porque este, na essência, depende daqueles.
Somos hoje um agrupamento que seguramente beira os 50 mil profissionais. E aí computo tanto os colegas que trabalham nas centenas de redações espalhadas pelo País, quanto nas assessorias de imprensa, seja das mais de 2 mil agências de comunicação existentes, segundo dados desse próprio Comunique-se, seja na comunicação direta de empresas públicas e privadas, órgãos de governo e demais poderes, políticos, esportistas etc.
Temos, como se vê, quantidade e, claro, qualidade. E é essa qualidade que devemos celebrar, homenagear, multiplicar, para, a partir dos bons exemplos, contagiar, estimular e inspirar as novas gerações, porque a elas caberá dar seqüência ao que vem sendo feito e, mais do que isso, avançar.
O jornalismo contemporâneo – falo do Brasil e do mundo – está longe do que certamente cada um de nós considera ideal, e são várias as razões para isso, mas sem ele a sociedade não teria atingido estágios tão avançados, nos mais diversos campos.
Todos sabemos que a informação é a moeda principal do poder e da democracia e é graças ao jornalismo que, em ambientes livres, ela circula, irrigando o saber dos povos e das nações.
Por força de seu ofício, jornalistas, na sua grande maioria, não são dados a firulas, mas quando se vêem diante de uma premiação legítima, não se furtam ao reconhecimento público, pois sabem que esse reconhecimento, embora aumente a responsabilidade, traduz-se em reputação. Reputação que será sempre importante na vida de qualquer profissional dessa área.
Celebremos, pois, nossos jornalistas vitoriosos, finalistas do Prêmio Comunique-se, não pelo mero prazer de bajular, mas sim para poder deles exigir o compromisso de que continuem a zelar pelo ofício que escolheram e que também é nosso, e a dar bons exemplos, pois desse modo será também para nós bem mais fácil e confortável agir do mesmo modo.
E que esse prêmio seja ainda um estímulo à ousadia, à inovação, à criatividade, atributos sem os quais não há evolução ou reconhecimento.
Para mim, pessoalmente, é dupla a satisfação: além de acompanhar e participar por mais um ano desse que é um dos mais representativos prêmios do jornalismo do País, o faço às vésperas de completar 13 anos à frente do Jornalistas&Cia, informativo que foi criado exatamente para celebrar os jornalistas e o jornalismo e que deu origem a esta coluna, que freqüenta o Comunique-se desde o primeiro dia de vida.
(*) É jornalista profissional formado pela Fundação Armando Álvares Penteado e co-autor de inúmeros projetos editoriais focados no jornalismo e na comunicação corporativa, entre eles o livro-guia ‘Fontes de Informação’ e o livro ‘Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia’. Integra o Conselho Fiscal da Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação e é também colunista do jornal Unidade, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, além de dirigir e editar o informativo Jornalistas&Cia, da M&A Editora. É também diretor da Mega Brasil Comunicação, empresa responsável pela organização do Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.’
O XIS DA QUESTÃO
A demagogia como arma de comunicação, 16/9
‘O XIS DA QUESTÃO – O ‘Bolsa Família’ e os números otimistas da economia certamente deram e dão boa ajuda à avaliação positiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o ‘milagre’ da popularidade de Lula é, principalmente, decorrência da sua singular capacidade de comunicação. E na vitoriosa retórica de palanque, Lula mistura, em doses espertas, três ingredientes bem manipulados: a exposição de conteúdos relevantes do que no governo está dando certo; a ocultação por vezes desonesta de problemas e fracassos; e o manuseio habilíssimo de formas demagógicas de dizer – entendendo-se por demagogia, na definição mais simples, a ‘arte’ de excitar massas populares.
1. Poder de comunicador
Se alguém me perguntasse quem, a meu ver, pode ser considerado o mais competente e poderoso comunicador do Brasil, não hesitaria em responder: o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, nosso Presidente da República. Diria, até, que nenhum dos monstros sagrados dos nossos meios de comunicação – de Silvio a Hebe, de Fátima Bernardes a Boris Casoy, de Joelmir Betting a Luís Nassif, de Anselmo Góis a Dora Kramer… – nenhum deles chega sequer aos calcanhares de Lula, no uso de microfones, câmeras e gravadores.
Estou convencido de que os surpreendentes níveis de popularidade e aprovação política alcançados pelo presidente Lula se devem mais aos seus talentos de comunicador do que aos méritos de governante (que, convenhamos, também não são poucos). Vale até a pena ir aos números da última pesquisa, realizada entre os dias 8 e 11 deste mês: 64% dos brasileiros atribuem ao governo Lula a avaliação de ‘ótimo’ ou ‘bom’ – índice que supera os alcançados por qualquer dos presidentes eleitos após a redemocratização. Portanto, um recorde histórico.
No miolo dos índices está a revelação de que a aprovação política de Lula se dá até mesmo na maioria das populações do Sudeste rico (57%), nas regiões metropolitanas (57%), assim como na maioria dos que têm curso superior (55%) e entre os que vivem em famílias com renda familiar superior a dez salários mínimos (57%).
Não se trata, portanto, de mero efeito do poder sedutor do dinheiro espalhado pelo ‘Bolsa Família’ – poder potencializado pela contraditória combinação do assistencialismo imediatista que deu berço, amamentação e distorções ao programa, e a sua razoável eficácia como instrumento de transferência de renda em favor dos pobres.
O ‘Bolsa Família’ e os números otimistas da economia certamente deram e dão boa ajuda à avaliação positiva do presidente. Mas o ‘milagre’ da popularidade de Lula é, principalmente, decorrência da sua singular capacidade de comunicação. Ele utiliza como ninguém os recursos de todas as mídias e de cada uma delas. Sabe como combiná-las. Sempre com palanques disponíveis (materiais e eletrônicos), para espalhar ao mundo a convincente retórica de conquistador de mentes e vontades.
2. Seduções e tentações da demagogia
Na vitoriosa retórica de palanque, Lula mistura, em doses espertas, três ingredientes bem manipulados: a exposição de conteúdos relevantes do que no governo está dando certo; a ocultação por vezes desonesta de problemas e fracassos; e o manuseio habilíssimo de formas demagógicas de dizer – entendendo-se por demagogia, na definição mais simplista, a ‘arte’ de excitar massas populares.
Em explicações mais sofisticadas, demagogia pode ser tomada como a capacidade de conduzir o povo pela oratória hábil, na versão positiva; ou, na versão negativa, de origem aristotélica, a ‘arte’ de prometer, como praxe política de estimulação das aspirações elementares das massas, em detrimento da participação consciente das pessoas na vida política.
No último caso, a demagogia pode resultar em reações de oposição, do tipo militar, que impõem ‘governos fortes’. Ou na eliminação política das oposições, quando os demagogos se arrogam o direito de interpretar e representar o interesse das massas.
E esse é um cenário frequente.
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Felizmente, no caso do nosso presidente Lula, a propensão à demagogia está contida, pelo próprio demagogo, na versão positiva do conceito. O ex-metalúrgico que chegou à Presidência da República é hoje, de forma exuberante, um homem, um líder e um político claramente feliz, porque conseguiu alcançar e exercer o poder de ‘condutor do povo’.
Diga-se, entretanto, e com a devida ênfase, que Lula não é um demagogo perigoso. Aliás, se olharmos a história política de Luiz Inácio Lula da Silva sem as limitantes obrigações ideológicas ou partidárias de ser contra ou a favor, não há como negar a importância decisiva que ele teve na derrubada do regime militar e na reconstrução democrática do País. E o fez com a mesma capacidade demagógica de excitar as massas. Sempre com a utilização esperta do espaço público do jornalismo, em todas as mídias.
A oratória demagógica pode ter, portanto, boas razões. E servindo a boas ou más razões, oratória demagógica é o que o líder e chefe político Luiz Inácio Lula da Silva continua a fazer. Com a mesma competência. Mas com recursos materiais, humanos, tecnológicos, financeiros e políticos incomparavelmente maiores. E com a contundência de conteúdos de um país do porte e das potencialidades do Brasil.
Pena que essa demagogia, que tão fortemente marca a identidade e o estilo do chefe de governo e do líder partidário Lula, ofusque e sacrifique a figura simbólica do Presidente da República, marcada pela dignidade de lhe caber a guarda e a afirmação prioritária dos valores republicanos que dão fundamento ao Estado.
Mas esse é assunto para outra conversa.
(*) Manuel Carlos Chaparro é doutor em Ciências da Comunicação e professor livre-docente (aposentado) do Departamento de Jornalismo e Editoração, na Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, onde continua a orientar teses. É também jornalista, desde 1957. Com trabalhos individuais de reportagem, foi quatro vezes distinguido no Prêmio Esso de Jornalismo. No percurso acadêmico, dedicou-se ao estudo do discurso jornalístico, em projetos de pesquisa sobre gêneros jornalísticos, teoria do acontecimento e ação das fontes. Tem quatro livros publicados, sobre jornalismo. E um livro-reportagem, lançado em 2006 pela Hucitec. Foi presidente da Intercom, entre 1989-1991. É conselheiro da ABI em São Paulo e membro do Conselho de Ética da Abracom.’
TELEVISÃO
Antonio Brasil
Youtube lança concurso de vídeos jornalísticos, 15/9
‘Não se deixe enganar. Apesar de tantos anúncios e promessas, a verdadeira TV digital já existe e está na Internet. Só que não tem cara de TV. Segue o novo modelo de plataformas digitais interativas como o YouTube. Nesta nova TV digital todos assistem, participam e produzem conteúdo. Estamos diante de um novo conceito de televisão. A tão prometida e jamais alcançada ‘janela para o mundo’. Uma TV mais democrática que inova ao criar conteúdos diferenciados e experimentais. Uma TV que está sendo reinventada pelo telespectador, pelo internauta ou pelo ‘telenauta’ dentro dos limites da rede.
O problema é que você, assim como tantos outros espectadores, ainda não percebeu que essa revolução já começou. Já está no ar. Você continua sentado assistindo aos mesmos programas de sempre, às mesmas novelas que não mudam jamais, reclamando de tudo, aguardando novidades que não chegam e acreditando em promessas que não serão cumpridas. A TV como a conhecemos está morrendo. Mas você continua sonhando com aparelhos de TV enormes, caríssimos com imagem e som em alta definição para ver as mesmas bobagens e baixarias de sempre.
E isso não é à toa. Estamos sendo iludidos pela propaganda enganosa de uma TV em crise, mas que ainda é muito poderosa. Uma TV que insiste em garantir mais alguns anos de muitos lucros e que luta somente por uma ‘sobrevida’. Estamos sendo enganados pelas promessas da TV digital do passado.
Fazer TV
E como já nos alertavam os velhos Titãs, ‘a TV nos deixou burros, muito burros demais’ ou ainda na linha de protestos dos Tribalistas: ‘Não tenho paciência pra televisão, eu não sou audiência para solidão’.
Ou seja, se você não está satisfeito com a programação atual, ainda gosta de TV, e tem esperança de encontrar bons programas, gostaria de sugerir uma alternativa.
Em vez de assistir tanta TV, de criticar tudo que vê, por que não tenta desligar o aparelho e começar a produzir vídeos. Talvez você ganhe prêmios e inaugure a própria TV.
Não deixe de dar uma olhada nessas manchetes e boa sorte!
YouTube lança o primeiro concurso de Jornalismo Participativo ou Jornalismo Cidadão
‘Em parceria com o Centro Pulitzer, o YouTube lançou um concurso para selecionar vídeos produzidos por Jornalistas Cidadãos ou Jornalistas Amadores com um prêmio de 10 mil dólares para o grande vencedor. Os patrocinadores incluem a Sony e a Intel.’
http://www.youtube.com/projectreport
E se você ainda duvida do poder desse novo modelo de TV digital na Internet, leia abaixo:
YouTube tem mais de 5 bilhões de acessos em um mês nos EUA
11/09/2008, Folha Online
‘Os vídeos do YouTube tiveram cerca de 5 bilhões acessos em julho nos Estados Unidos, fazendo com que o Google dominasse 44% desse mercado no país –o YouTube responde por 98% dos acessos a esse tipo de conteúdo nos domínios do Google. No total, os norte-americanos assistiram a 558 milhões de horas de filmes na internet no mês.’
Em relação ao crescimento da Internet no Brasil, destaco algumas matérias recentes do nosso noticiário:
Brasil bate recorde em número de internautas
28/08/2008 – FSP
‘Influenciado pelas férias escolares, o período de julho rendeu dois recordes à internet brasileira. O país registrou no mês passado o maior volume de internautas residenciais (23,7 milhões de pessoas) e o maior tempo médio de navegação (24 horas e 54 minutos por pessoa). Em julho de 2007, o país possuía 18,5 milhões de internautas residenciais -ou seja, houve um crescimento de 28% em um ano. Segundo a metodologia do Ibope, o Brasil possui o internauta residencial que mais tempo permanece na rede. Os países que mais se aproximaram do tempo brasileiro são Alemanha (21 horas e seis minutos), Estados Unidos (20 horas e 50 minutos), França (20 horas e 17 minutos) e Japão (19 horas e 21 minutos).’ Dados: Ibope/NetRatings
Ainda tem dúvidas sobre os ataques da rede contra a TV?
Ibope credita queda de audiência da televisão à Web.
‘Os congestionamentos e o crescimento da Internet estão no topo da lista da nova pesquisa do Ibope, encomendada pela ABTA (TVs por Assinatura) sobre os responsáveis pela queda de audiência das TVs paga e aberta.Folha de S. Paulo.
Estamos diante de mudanças radicais. ‘O Brasil é hoje o sexto maior mercado do mundo de internet. Ainda está distante da Europa e dos Estados Unidos, mas chegará ao final deste ano com cinqüenta milhões de usuários’. Ver aqui http://www.fndc.org.br/internas.php?p=noticias&cont_key=282731
De qualquer forma, não se deixe enganar. As verdadeiras TV digitais já existem e estão à sua disposição na redce. Uma TV para quem está cansado de assistir péssimos programas e agora finalmente tem a chance de… fazer TV. Se não melhor, certamente diferente.
(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Atualmente, faz nova pesquisa de pós-doutorado em Antropologia no PPGAS do Museu Nacional da UFRJ sobre a ‘Construção da Imagem do Brasil no Exterior pelas agências e correspondentes internacionais’. Trabalhou na Rede Globo no Rio de Janeiro e no escritório da TV Globo em Londres. Foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. É responsável pela implantação da TV UERJ online, a primeira TV universitária brasileira com programação regular e ao vivo na Internet. Este projeto recebeu a Prêmio Luiz Beltrão da INTERCOM em 2002 e menção honrosa no Prêmio Top Com Awards de 2007. Autor de diversos livros, a destacar ‘Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica’, ‘O Poder das Imagens’ da Editora Livraria Ciência Moderna e o recém-lançado ‘Antimanual de Jornalismo e Comunicação’ pela Editora SENAC, São Paulo. É torcedor do Flamengo e ainda adora televisão.’
FIM
The New York Sun fecha no fim deste mês, 22/9
‘O jornal The New York Sun está com os dias contados. Com apenas seis anos de existência, o veículo não suportou as crises que afetam o mercado e anunciou, por meio de carta publicada no dia 04/09, que irá fechar as portas no fim deste mês.
O presidente e editor do The Sun, Seth Lipsky, afirma que está tentando levantar fundos. Ele conta que leitores estão mandando dinheiro e cheques, mas o valor arrecadado até o momento não é o bastante para cobrir o déficit do jornal.
O The Sun circula cinco dias por semana e tem uma tiragem de 70 mil exemplares. Ele é visto como uma opção conservadora ao The New York Times.
(*) Com informações do The New York Times.’
CAMPANHA
Edmilson Costa diz que mídia alternativa dá mais espaço a sua candidatura, 22/9
‘‘A mídia alternativa é que me dá espaço’, disse o candidato à Prefeitura de São Paulo Edmilson Costa, do PCB, Partido Comunista Brasileiro. Segundo Costa, ele não teve uma linha nos jornais. Foi entrevistado, por cerca de um minuto, nas TVs Cultura, Bandeirantes e Rede Globo. Na mídia alternativa ou setorizada, contudo, teve espaço em 20 veículos — entre eles uma revista de Medicina, no site do Sindicato dos Jornalistas e uma menção no Sindicato dos Artistas.
Isonomia
Edmilson acredita que todos os candidatos deveriam ter o mesmo espaço na mídia, não importando a posição nas pesquisas. ‘Acabei de vir de um debate do Movimento Nossa São Paulo. Lá, todos os candidatos tiveram oito minutos’.
Para ele, a ‘grande imprensa’ é ‘preconceituosa e desigual’.
Importância da mídia
Apesar de não se enxergar na imprensa, Edmilson Costa considera fundamental a exposição na mídia para a visibilidade de um candidato. ‘Quando falamos de uma cidade com mais de 10 mil habitantes, dá para se percorrer a pé. Numa cidade com 11 milhões de pessoas, a mídia faz toda a diferença. Atinge todo o mundo’, declarou o candidato. ‘
PROCESSO
Comunique-se
STJ nega recurso de centro espírita contra Abril, 22/9
‘A Editora Abril se livrou de pagar indenização para o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso à decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que rejeitou pedido de indenização ao centro por publicação da reportagem ‘O barato legal’, de edição de setembro de 2000 da revista Veja.
A matéria tratava da existência de uma droga legal conhecida como ‘ayahuasca’, um alucinógeno produzido pela mistura de duas plantas da Amazônia. Segundo Veja, a planta é servida em forma de chá há pelo menos 30 anos, e consumida por cerca de 15 mil pessoas, entre elas artistas conhecidos pelo público. O chá também seria consumido fora dos rituais.
A União do Vegetal alegou que a notícia não contém suporte fático ou legal, mas o TJ-DF não viu intenção na reportagem de prejudicar a imagem do centro espírita, ‘embora se mostre, em alguns trechos, indelicada’.
Responsável pela defesa da revista Veja, o advogado Alexandre Fidalgo, do escritório Lourival J. Santos, disse que a reportagem tratava apenas dos efeitos do chá e seus rituais. Ele lembra que usuários do chá moveram mais 50 ações contra a Editora Abril, sem sucesso. ‘Vencemos essa ação em todas as instâncias e as outras foram ações no juizado especial de Ubá/MG. Também vencemos todas’, diz. Para ele, a revista ‘cumpriu com o seu dever jornalístico, tanto que todas as decisões foram nesse sentido’.’
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