O sítio americano TMZ faz parte de uma classe inferior de jornalismo, consideram os respeitáveis veículos de comunicação do país. A página de fofocas de celebridades – cujo conteúdo também está presente em um programa de TV – é sensacionalista e fútil, mas nesta quinta-feira (25/6) deixou as grandes emissoras para trás ao ser o primeiro veículo a noticiar a morte de Michael Jackson. Menos de uma hora depois da resposta dos paramédicos a um chamado na casa de Jackson, na Califórnia, o TMZ já dava o furo de que o ídolo pop teria sofrido uma parada cardíaca. Vinte minutos após a morte do cantor, o sítio estampou a notícia, batendo os rivais. Duas horas mais tarde, veículos como a CNN – que pertence, assim como o TMZ, à Time Warner – ainda afirmavam que a notícia da morte havia sido dada ‘pela mídia’, mas que não era possível confirmar a história. Canais como Fox News e MSNBC também evitaram citar o sítio de fofocas como responsável pelo furo. Harvey Levin, chefe de redação do TMZ, não demonstrou ter se importado com a falta de crédito. ‘Isso é típico. Não importa o que [os outros veículos de comunicação] digam, as pessoas sabem que fomos nós que demos a notícia. É assim que os rivais lidam com isso. Não há dúvidas sobre a nossa credibilidade’, afirmou em entrevista ao Los Angeles Times. ‘Hoje fizemos cem ligações, e todo mundo também fez cem ligações’, completou, comparando sua equipe às equipes de outros sítios, jornais e emissoras de TV. ‘Começamos a receber telefonemas de veículos tradicionais perguntando se tínhamos certeza [da morte]. Essa é uma pergunta tão estranha. Não teríamos publicado a informação se ela não fosse verdadeira’. Questionada sobre sua cobertura sobre a morte de Jackson, a CNN declarou apenas que foi ‘cautelosa’, considerando ‘a origem da notícia’. Com informações de Scott Collins e Greg Braxton [Los Angeles Times, 26/6/09].