Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Presidente perdoa editor condenado por rumores

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, concedeu perdão ao jornalista Ibrahim Eissa, condenado a dois meses de prisão por publicar rumores sobre a saúde do líder do país. Editor-chefe do diário independente al-Dustour, Eissa era acusado de desestabilizar a economia do Egito ao divulgar notícias de que o presidente estaria doente – o que teria levado investidores estrangeiros, temerosos, a retirar seu dinheiro do país.


O jornalista havia sido condenado, em março, a seis meses de prisão e, em setembro, um tribunal de apelações manteve a condenação, reduzindo a pena a dois meses. O veredicto gerou críticas de ativistas em defesa da liberdade de imprensa. Segundo a agência de notícias egípcia Mena, o perdão concedido por Mubarak faz parte dos esforços do presidente para promover a idéia de mídia livre no país.


Prisão


Eissa – que ainda não havia sido preso – agradeceu o perdão, mas aproveitou para declarar que o Egito é um dos poucos países do mundo com leis que permitem que repórteres sejam encarcerados por simplesmente fazer seu trabalho. ‘Ainda que esta determinação seja bem-vinda, eu acho que o problema é maior do que uma questão entre um jornalista e o presidente’, afirmou. Pelo menos sete jornalistas foram sentenciados em setembro de 2007 a até dois anos de prisão por acusações que vão de descontextualizar uma citação do ministro da Justiça a espalhar rumores sobre Mubarak, que tem 80 anos. Informações da AFP [6/10/08].