“Quando foi que o jornalismo de uma forma geral se tornou essa ‘merda’?” Esse ácido comentário numa publicação no facebook do veterano jornalista Wagner Império estimulou a reflexão sobre a imprensa dos dias de hoje e porque ela chegou espontaneamente nesse cenário. Muito provavelmente uma conjunção de fatores tenha levado o jornalismo à atual situação negativa. Um ponto inquestionável foi a ascensão das redes sociais, em especial do facebook, que passou a divulgar despretensiosamente notícias, reportagens e fake news, frequentemente reproduzindo conteúdo integral dos veículos tradicionais ou publicando material de blogs e sites open source, não raras vezes mal intencionados.
Até então, salvo melhor juízo, o histórico Orkut não prejudicava a produção noticiosa da época porque se concentrava exclusivamente na divulgação de informes, mensagens interpessoais e diálogos. A questão estratégica do facebook então mudou o raciocínio: Já que o internauta estava ali, navegando naquela plataforma, por que comprar uma revista ou jornal na banca ou assiná-los, se estava tudo à mão gratuitamente? Era então o momento perfeito para saciar a fome informativa com extratos midiáticos de terceiros.
Para colaborar com o novo mundo, gradativamente as redes sociais foram tirando a importância do texto bem escrito e da narrativa do fato, que respeitava a clareza do relato, precisão da apuração e comprometimento com a verdade. A partir do fortalecimento desses novos meios de comunicação de massa focados no bate papo, no comentário pessoal e nas reclamações, tudo passou a valer, porque na sua essência não existe ainda ética e técnica narrativa apurada compulsoriamente. Não consta nesse espaço cibernético, por ora, uma eficiente sanção contra inverdades, incitação ao ódio e conflitos ou contra crimes de honra como calúnia, injúria ou difamação, tal qual a velha imprensa sempre esteve sujeita historicamente.
Um pensamento do famoso filósofo, escritor, professor e jornalista Umberto Eco, marcou esse assunto quando enfatizou que “as redes sociais dão o direito à palavra a uma ‘legião de imbecis’ que antes falavam apenas em um bar, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”. E complementou: “Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”.
Em contraposição ao pensador, uma síntese de parte do senso comum foi feita pelo internauta Fernando Melo num post no facebook em janeiro de 2019 e expôs um recorte da questão atestando o pensamento de muitos cidadãos: “10 anos atrás, as pessoas ouviam uma conversa e iam aos jornais pra ver se a conversa era verdade. Hoje, as pessoas leem os jornais e correm pras redes sociais pra ver se o jornal tá falando a verdade. O jornalismo se destruiu pela própria incompetência”.
Tradição da verdade
Minha visão como jornalista é que a esmagadora maioria dos colegas de imprensa sabe que nas redes sociais digitais não há compromisso com o relato exato. Quase tudo naquele espaço tem sido permitido. Enquanto na imprensa, com mais de 500 anos de história, é obrigação o registro factual preciso, mesmo que incomode alguns.
É importante frisar que as mídias sociais naturalmente não são absolutamente ruins, porque têm sido igualmente um espaço democrático para muitas pessoas externarem publicamente seus pensamentos e posições sobre os mais diferentes assuntos, contribuindo ao conhecimento coletivo, troca de ideias sem grandes pretensões e, sobretudo criando divertimento. Os receptores se tornaram emissores, alguns respeitados por milhões de fiéis seguidores.
Elas tiveram um importantíssimo papel social, por exemplo, na Primavera Árabe, quando dez anos atrás uma onda revolucionária de manifestações e protestos varreu o Norte da África, países do Oriente Médio e outras nações semitas no mundo. O uso das mídias sociais estimulou inúmeras manifestações, greves, comícios e passeatas para libertar as populações da censura e repressão na internet. O movimento, por consequência, levou à deposição de vários ditadores. Esse fenômeno demonstrou que as mídias sociais têm uma utilidade ímpar e que não pode ser questionada ou reduzida nesse sentido.
No novo cenário comunicacional muita coisa surgiu. Uma nova e singular figura despontou sustentada pelo o carisma pessoal, a capacidade de comunicação com públicos afins, e a identificação com o grupo receptor, os hoje afamados influenciadores digitais (bloggers, vloggers e demais produtores de conteúdo).
Os novos players acharam seu espaço por domínio ou por intimidade com o assunto que comunicam, podendo ir de temas softs e banais, os mais predominantes, até os hards, alcançando as esferas da economia, política e da ciência. Impressiona o fato que diversos influencers superam absurdamente em audiência os grandes veículos tradicionais, muitos deles com milhões de fiéis seguidores. Alguns influenciadores digitais, convém lembrar, já eram formadores de opinião na mídia tradicional e, a bem da verdade, os articulistas ou colunistas da mídia tradicional tinham papel semelhante no passado, mas sem o mesmo poder de impacto e arrebanhamento.
Neste novo ambiente é fácil observar meninas pré-adolescentes vidradas na busca de dicas sobre maquiagem, moda e culinária. Os meninos, por sua vez, se voltam frequentemente para questões de games, humor, lutas, sexo e futebol. Mas isso tem sido preocupante, especialmente entre o público mais jovem, porque diversos desses gurus midiáticos são apedeutas e podem ser inconsequentes, fazendo a cabeça da turma com algumas de suas mensagens (altamente persuasivas, por sinal). O perigo também é o messianismo midiático, alienação e o domínio da consciência.
Nova publicidade
No universo comunicacional do momento, os influenciadores digitais também morderam uma larga faixa de receptores que se cansou do formato contemporâneo comunicacional, especialmente da televisão. Os conhecidos publieditoriais, publireportagens, publicidades nativas e semelhantes sustentam essa nova indústria milionária do marketing de influência, que confunde os menos maduros ou aqueles mais ingênuos com publicidade paga e mais alguma informação. Não sei até que ponto os órgãos da ética, como o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), têm autoridade ou penetração entre os youtubers, por exemplo? Mas acredito que não seja muito expressiva a ‘vistoria’ como ocorre na mídia clássica.
O que fica claro é que há um grande perigo no momento para os meios de comunicação de massa: a sistemática tentativa de misturar publicidade com jornalismo, sem que o receptor seja informado que está levando coxão duro por filé mignon. Há incontáveis conteúdos na mídia que o receptor não consegue identificar com segurança se é informação pura e desengajada, ou se contém interesse comercial ou institucional previamente negociado.
O que é histórico e concreto, no entanto, é que um veículo noticioso tradicional, seja jornal, revista, rádio ou TV, sempre sobreviveu por sua reputação e compromisso com a verdade dos fatos divulgados e com a publicidade convencional, seguindo preceitos do Conar. Se ele não se ajustasse a esses princípios históricos fatalmente morreria, no entanto esse posicionamento técnico e ideológico nem sempre cabe no jovem universo da internet, porque a informação nas redes, ou melhor, o informe, flui quase sempre livre e descontrolado, sem filtros.
Propaganda político-ideológica
Há, de fato, ainda muita propaganda ideológica circulando na net naturalmente ou deliberadamente camuflada como notícia ou informação, especialmente no que diz respeito à política, modo e estilo de vida ou religiosidade. Inclusive existem empresas no Leste Europeu especializadas em disseminar fake news ou notícias falsas. Boa parte da opinião pública não sabe disso ou nem imagina o que aconteça por trás dos inúmeros interesses de certos produtores de conteúdo. E como alguém também já observou, certas pessoas só podem enxergar o que interessa.
Neste contexto, a pandemia do novo Covid-19 contribuiu bastante para a ruptura da informação de massa tanto no aspecto político-ideológico, quanto no científico. De um lado, há um grupo defendendo ardorosamente a imprensa como a única fonte confiável informativa, do outro, um grupo advogando que a mídia tradicional não seria mais confiável, porque manipularia fatos, mentes, persegue alguns e, por consequência, a única alternativa segura seria se socorrer nas redes sociais, onde as ‘notícias’ são produzidas diretamente da fonte e sem intermediários supostamente perigosos. E esse dilema deve avançar por muitos anos ainda, mesmo depois do fim dessa peste que vem assolando a humanidade. Os mais radicais e conservadores estão absolutamente certos que não se pode acreditar mais na imprensa, pois uma imensa maioria dos seus jornalistas é de ‘comunistas revolucionários’ ou ‘esquerdistas mal intencionados’.
Rumores e boatos sempre permearam a comunicação humana desde o seu princípio, mas desta vez as fake news conseguiram uma grande proeza com a preponderância no cyberespaço. O livro Engenheiros do Caos, do jornalista Giuliano da Empoli, nos apresenta o problema em profundidade, quando surgiram simultaneamente vários líderes conservadores. O conteúdo da obra alerta para o fato de que há um árduo trabalho de ideólogos, de cientistas e especialistas em Big Data, sem os quais esses líderes nunca teriam chegado ao poder. Aponta ainda que uma informação falsa tem, em média, 70% a mais de probabilidade de ser compartilhada na internet, porque é quase sempre mais original que a verdadeira.
A obra do autor francês expõe que os números examinados são parte de uma pesquisa do MIT – Massachusetts Institute of Technology, pela qual constata que nas redes sociais a verdade consome seis vezes mais tempo que uma fake news para atingir cerca de 1,5 mil pessoas. A eficiência dessa nova difusão é indiscutível. E como Churchill apregoava “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir”. De que forma a imprensa tradicional, a justiça e as próprias plataformas das mídias sociais sérias resolverão o impasse é outro ponto, ainda sem resposta clara e imediata.
Sensacionalismo
Não se pode esquecer que neste contexto houve ainda um aumento expressivo na grande mídia (mainstream press) do sensacionalismo, com forte cobertura de temas policiais e tragédias. A partir da ascensão notória do infotainment, uma combinação de informação e entretenimento, especialmente na televisão, alguns veículos passaram a exibir noticiário integrado à diversão especialmente com objetivo de não perder audiência, que então migrava como enxurrada para a web, e levava consigo a valiosa publicidade.
Há outros aspectos intrigantes a considerar sobre as recentes mudanças na mídia. O reposicionamento na TV, por exemplo, se concentrando no infotainment, sublimou a seriedade dos produtos jornalísticos e talvez a confiança de uma parte importante da audiência. A razão central dessa nova arrumação do negócio é justificada mais uma vez pela queda da receita dos anúncios, que tem se concentrado cada vez mais na internet e obrigou as redes televisivas a acharem novos caminhos mais popularescos e palatáveis para a massa, garantindo público em prejuízo da informação hard, séria e profunda. Os mais jovens já não querem também ver TV como outras gerações passadas…
O surgimento de alguns programas policiais de televisão no período da tarde, que conquistaram muita audiência com a exploração do sentimento, conflitos familiares, violência doméstica, assaltos à mão armada e outras ocorrências policiais, além da miséria alheia, tem gerado um bom cacife para as emissoras de TV, que no momento, em sua maioria, está cambaleante ou moribunda. De fato, foi um grande remédio de última hora. No entanto, isso teve um peso marcante no telejornalismo, porque ajuda a piorar, por consequência, a imagem dos noticiários e de seus jornalistas, pois tudo se torna uma feijoada indigesta e comum para o receptor. Nessa linha, seguem também os talk shows irreverentes, reforçando o infotainment, o que deve trazer novos questionamentos éticos para os excessos na liberdade de expressão, do deboche, sarcasmo e notícias mórbidas.
Alguns programas popularescos até se enveredaram para a política, possivelmente favorecidos por contratos de merchandising televisivo na busca incessante da melhoria do caixa. Tudo ficou evidente porque sem uma explicação razoável a linha editorial, que antes era crítica em certos momentos ao governo federal, passou a ser bajulatória em outro.
Existem novidades no telejornalismo, hoje, que não podem ser vistas como boas ou ruins, mas apenas mudanças. Atualmente o jornalismo televisivo não está focado muito nos gêneros e tipologia, mas fundamentalmente na imagem das matérias. As telas múltiplas tomaram espaço nas transmissões ao vivo, como também as videoconferências e o maior volume de geração de caracteres. Imagens em janelas na tela acabaram potencializadas mais ainda com o isolamento social compulsório, mas também levou ao ar pessoas que nunca viriam ao estúdio ou estavam em outros países distantes. Nessa nova era, a informalidade está mais aparente e cresceram as transmissões e boletins ao vivo se aproximando muito da linguagem radiofônica.
Nas rádios, o uso de vídeo como apoio foi a grande modernidade, mas pode ser um tiro no pé, levando a audiência a simplesmente trocá-las pela internet definitivamente. De fato, todos os meios tradicionais passaram a usar as redes sociais como suporte para a comunicação interpessoal e aproximação com a audiência.
Pós-modernidade
Há outros aspectos a examinar no jornalismo da pós-modernidade nesse momento. Para quem foi forjado no jornalismo ‘raiz’ ficou bem estranho a qualidade do texto e a narrativa de excelência ficarem num segundo plano, agora, com as redações seguindo perseverantemente técnicas de SEO (Search Engine Optimization). Numa palestra recente escutei um editor (ou gerente de conteúdo) de um veículo digital da grande mídia falando da importância da novidade dos mecanismos de busca e de alguns conflitos na redação, porque havia jornalistas que não seguiam corretamente o emprego das palavras-chaves. Sobre o resto do jornalismo desenvolvido naquele veículo de massa, não houve muitas menções na apresentação do palestrante, o que sugere que o ‘noticiário de dados’ está no topo do ranking do Google, até mais talvez que um velho ‘furo jornalístico’.
Ficou muito estranho para um antigo dromedário da imprensa, como eu, encontrar neste momento os veículos reféns dos motores de busca ou serem pautados pelas palavras indicadas em ferramentas como o Google, Yahoo ou Bing em vez do ‘valor-notícia’ ou do ‘gancho’. É preocupante que haja um monopólio de Search Engine Optimization com apenas três ou quando muito quatro empresas nesse mercado. Isso pode direcionar seriamente a agenda setting da mídia no planeta com consequências imprevisíveis. A oligopolização ou monopolização da notícia é extremamente temerária para a opinião pública mundial.
Portais horizontais
Neste panorama há mais novidades marcantes ainda, como os grandes portais de notícias que no momento parecem ter uma linha editorial muito similar a de alguns antigos jornais vespertinos, abordando fundamentalmente soft news, especialmente variedades e esportes. Apresentam-se regularmente com ênfase o cotidiano com banalidades de atrizes, modelos, artistas e personalidades da TV, da moda, e do show business. Os esportes predominam, assim como questões de estética e beleza. A política e a economia estão presentes, mas talvez não na medida certa para gerar conhecimento e conscientização social, como era no passado na velha mídia. As editorias e seções de algumas décadas atrás pareciam ter um melhor equilíbrio que as de hoje nos portais e sites noticiosos se a análise for sobre aspecto do conhecimento e relevância.
Lamentavelmente constata-se que, em geral, houve um grande empobrecimento na tipologia jornalística nos portais de notícias, privilegiando apenas textos sintéticos, telegráficos e simplistas ou simplórios. Nas décadas passadas, nas páginas de papel, não era difícil encontrar diversos tipos de gêneros e tipologias de matérias que na atualidade foram extintos ou se escasseiam. Um bom exemplo são os ensaios, crônicas, sueltos, entrevistas bate-bola, folhetins e até a crítica de arte, que tem sido substituída gradativamente pela reportagem cultural. As resenhas opinativas em diversos veículos digitais escritos também vão sendo trocadas aos poucos pelas sinopses informativas, talvez para a publicação não se comprometer ou confrontar. A predominância agora é de notícias, notas e reportagens, com os artigos de opinião conquistando uma força enorme, porque também têm sido empregados como ferramenta para elevação no ranking de SEO, especialmente nos blogs corporativos.
Na mudança, alguns tipos de matérias como o texto-legenda e a foto com legenda ganharam força com o aparecimento de novidades da tecnologia da informação. Hoje, as chamadas ‘galerias de fotos’ recuperaram o texto-legenda e a foto com legenda, uma vez que os portais ficaram muito mais visuais do que textuais. O mesmo tipo de matéria com áudio ou trilha sonora também tem sido usada em posts de rich media, no facebook ou Linkedin, com ótimos resultados editoriais e de entretenimento. E o infográfico, aquele diagrama vistoso com textos e ilustrações, está ganhando espaço até nas publicações corporativas e no marketing digital. Dizem os especialistas que a internet cada vez mais será imagética e não textual.
Fora da web há novidades interessantes também. Os chamados dropes ou pílulas, aquelas micronarrativas comuns em colunas sociais em outros tempos, acharam um novo espaço em praças como os monitores da mídia out-of-home dos trens do metrô, elevadores e halls de edifícios. São as matérias de conteúdo granular sendo retomadas por novos caminhos. Isso foi bom por oferecer mais alternativas de informação ao receptor fora do celular.
Nas mudanças jornalísticas da pós-modernidade há ocorrências no modus operandi que convém ser anotadas. Historicamente, um personagem que seguramente tem ajudado muito a produção jornalística é o repórter setorista, porém acabou desaparecendo na maioria dos veículos, possivelmente por causa das dificuldades financeiras da mídia. Como ele costuma ficar muito próximo do fato e das fontes primárias, a informação chega com muito mais solidez em suas mãos e a identificação da respectiva natureza, falsa ou verdadeira, pela procedência, é muito mais fidedigna. Sem dúvida é uma pena essa grande perda para o trabalho jornalístico mais preciso no Brasil, ainda que existam alguns sobreviventes cobrindo clubes de futebol, o Poder Legislativo e o Executivo federal. A pergunta é: de que forma se pretende ter qualidade informativa quando se elimina postos de trabalhos e funções profissionais significantes?
Novo jornalista
Talvez um ponto polêmico no Brasil para o empobrecimento do jornalismo possivelmente tenha sido a desregulamentação profissional, que banalizou e desordenou o trabalho historicamente sistematizado, tirou-lhe o status e abriu espaço para muitos oportunistas estraçalharem a ética e a técnica. Há até associações de jornalistas que nasceram apenas com o intuito de vender as disputadas carteirinhas. E qual seria a valia dessas credenciais aos seus titulares hoje?
Para ser justo, a queda da imprensa não ocorreu apenas no Brasil. Nos EUA e Europa, por algumas razões semelhantes, os veículos também estão sofrendo e muito com as mudanças. O que virá a seguir apenas o nosso Criador Absoluto tem a resposta… Porém, é triste para profissionais que viveram a era do ‘Quarto Poder’ ver essa guinada, que parece ser um retorno ao vigoroso sensacionalismo do passado da fase do publicismo ou talvez um ‘avanço’ a um novo jornalismo light ‘semi-publicitário’, que neste caso invariavelmente decretaria a troca da técnica como ela tem sido caracterizada historicamente. O que não posso acreditar é que as redes sociais serão o algoz da imprensa tradicional, ou seja, seu grande e mortífero carrasco…
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Paulo Sérgio Pires é jornalista, publicitário e professor de Comunicação. É pós-graduado/especialista e mestre em Comunicação pela USP, onde foi pesquisador-bolsista. Foi repórter free-lance de várias publicações entre as quais Folha de S. Paulo, Agência Folha, Diário do Comércio, Metrô News e DCI.