O jornalista russo Vyacheslav Yaroshenko, de 63 anos, morreu na segunda-feira [29/6] em decorrência de um grave ferimento na cabeça sofrido no fim de maio. As circunstâncias do ferimento de Yaroshenko, que era editor de um jornal na cidade de Rostov-on-Don chamado Corrupção e Crime, ainda são nebulosas. Enquanto a polícia afirma que o jornalista estava bêbado e caiu, batendo a cabeça em uma escada, colegas de Yaroshenko têm certeza de que ele foi brutalmente agredido por conta de seu trabalho. O Comitê para a Proteção dos Jornalistas, com sede em Nova York, pediu que o governo russo abra um inquérito para apurar o caso, indicando que o editor teria se tornado alvo de inimigos por escrever reportagens sobre casos de corrupção envolvendo autoridades locais. A polícia afirma, entretanto, que não há nenhuma evidência de que ele teria sido atacado. A Rússia é considerada o terceiro país mais perigoso do mundo para a prática do jornalismo, atrás apenas do Iraque e da Argélia. Cerca de 50 profissionais de imprensa foram mortos no país desde o fim da União Soviética. Normalmente, os crimes ficam sem solução. Entre os casos que chamaram a atenção da mídia internacional nos últimos estão os das repórteres