O grupo editorial americano Gannett confirmou esta semana que planeja eliminar 1.400 empregos – ou cerca de 3% de sua força de trabalho – nas próximas semanas. Os funcionários receberam a má notícia na quarta-feira [1/7], por um memorando interno assinado por Bob Dickey, presidente da unidade de jornais da editora. O documento informava que grande parte das demissões ocorrerá na próxima quinta-feira [9/7] e se tornou público ao ser postado em um blog não-oficial da Gannett dirigido por um ex-editor do grupo. A Gannet é a maior editora de jornais dos EUA, com cerca de 90 títulos espalhados pelo país. A empresa possui também uma editora no Reino Unido, chamada Newsquest. A divisão de jornais, que será afetada pelos cortes, produz 84 títulos. O USA Today, carro-chefe da companhia e jornal mais vendido nos EUA, é parte de uma unidade separada. No ano passado, a Gannet já havia eliminado sua equipe em 10%, o que deixou a companhia com cerca de 41.500 funcionários. O motivo alegado por Dickey para os novos cortes é a má fase do mercado publicitário. Com a queda da receita proveniente de anunciantes, afirma ele, o meio jornalístico continua sensível. ‘Há alguns sinais promissores de recuperação, mas a realidade é que estas melhoras não são bem fundamentadas e a economia continua frágil’, completa, no memorando. A receita com publicidade caiu 34,1% na Gannett no primeiro trimestre de 2009, comparada ao mesmo período do ano passado. Informações de Oliver Luft [Guardian.co.uk, 2/7/09].