Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalistas e advogada recebem prêmio do CPJ

O Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ) anunciou, na semana passada, os vencedores do Prêmio Internacional de Liberdade de Imprensa. Os homenageados – cinco jornalistas e uma advogada especializada em mídia – foram escolhidos por terem arriscado suas vidas e sua liberdade em nome do jornalismo, em geral sob pressão de regimes autoritários. Os prêmios serão entregues em um jantar em Nova York, na terça-feira (25/11).

Na entrevista coletiva após o anúncio do prêmio, um dos indicados, Andrew Mwenda, chefe de redação da revista The Independent, de Uganda, afirmou que, horas antes, sua publicação havia sido invadida por forças de segurança em Campala. Documentos e computadores foram apreendidos. ‘Se estivesse lá, seria preso’, contou, completando que planeja denunciar o caso quando voltar ao país. Em abril, a polícia havia invadido a redação por conta de matérias críticas ao papel do Exército na guerra civil ao norte de Uganda.

Campanha

Os outros laureados foram o fotógrafo da AP Bilal Hussein, libertado em abril após dois anos detido por forças americanas no Iraque; Danish Karokhel e Farida Nekzad, chefe de redação e vice-diretora da agência de notícias afegã Pajhwok Afghan News; Hector Maseda Gutierrez, defensor da mídia independente em Cuba, condenado a 20 anos de prisão; e a advogada Beatrice Mtetwa, que já defendeu diversos jornalistas sob as leis repressivas do Zimbábue. ‘Estes jornalistas e ativistas arriscaram suas vidas e sua liberdade para nos trazer as notícias’, declarou Joel Simon, diretor-executivo da organização.

Assim como fez com Hussein, que passou dois anos preso sem acusações formais, o CPJ faz campanha pela libertação de Gutierrez, que tem 65 anos e foi detido simplesmente por defender seus ideais. Os outros homenageados se comprometeram a ajudar na campanha. Informações de H. Josef Hebert [AP, 20/11/08].