Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Passeata marca três anos da morte de Anna Politkovskaya

Centenas de pessoas participaram de uma passeata em Moscou, nesta quarta-feira [7/10], para lembrar o terceiro aniversário do assassinato da jornalista Anna Politkovskaya. Manifestantes pediam que as autoridades do país encontrem e punam assassinos de jornalistas e ativistas de direitos humanos.


Anna Politkovskaya foi morta a tiros no prédio onde morava, em Moscou, em 7 de outubro de 2006. Ela trabalhava como repórter investigativa para o jornal Novaya Gazeta e era crítica assumida do governo do presidente Vladimir Putin. Pouco antes seu assassinato, ela escrevia sobre casos de corrupção no governo e abusos de forças de segurança na Chechênia. Três homens foram a julgamento por envolvimento no crime, mas até hoje não se conhece o mandante.


Anna se tornou símbolo da luta pela liberdade de imprensa e da impunidade na Rússia. Depois dela, pelo menos sete ativistas críticos ao governo foram assassinados no país. ‘Todas as vítimas tinham uma coisa em comum: como jornalistas, advogados ou defensores dos direitos humanos, lutavam pela criação de uma sociedade justa e pacífica e contra os interesses dos poderosos, a violência e o abuso de poder’, dizia uma declaração assinada por nove organizações russas e internacionais no aniversário da morte de Anna. ‘É por isso que elas foram executadas’. O governo se defende, afirmando que os assassinatos são piores para o país do que as críticas que recebe. Informações da AP [7/10/09] e de Lucian Kim [Bloomberg, 7/10/09].