Centenas de pessoas participaram de uma manifestação em Moscou, no domingo (30/11), em protesto ao ataque sofrido pelo jornalista Mikhail Beketov. Em coma, o jornalista, que edita um jornal local no subúrbio de Khimki, foi brutalmente espancado e deixado para morrer no frio. Ele havia criticado autoridades locais e investigava alegações de corrupção e destruição ilegal de florestas na área.
Antes do ataque final, Beketov recebeu ameaças, teve seu carro incendiado e seu cachorro foi morto. Ele resistiu e continuou a reportar para o jornal independente Khimkinskaya Pravda, desafiando o poder. No início de novembro, uma gangue armada com porretes o esperava chegar em casa. Abandonado no jardim, ele ficou inconsciente por dois dias, foi descoberto por uma vizinha e chegou a ser dado como morto pela polícia. Levado ao hospital, o jornalista teve uma perna amputada e deve perder os dedos; seu estado de saúde é grave.
Um outro protesto foi realizado no sábado (29/11), em Khimki. Familiares, amigos e colegas de Beketov, além de ativistas dos direitos humanos e políticos de oposição presentes às duas manifestações afirmaram que o espancamento do jornalista mostra onde as autoridades russas são capazes de chegar para silenciar seus críticos. Ataques a jornalistas que investigam supostas irregularidades são comuns no país. Informações da AP [30/11/08].