Dois jornalistas de Mianmar foram condenados a sete anos de prisão depois de serem flagrados com um relatório da ONU sobre a situação dos direitos humanos no país. Uma corte de Yangon condenou Thet Zin, editor do jornal local News Watch, e Sein Win Maung, diretor do diário, por ‘prejudicar a junta militar’, sob a lei de imprensa nacional. No mesmo dia, 13 membros de um grupo formado por participantes do movimento pró-democracia de 1988 foram condenados a seis anos de prisão por prejudicar a estabilidade do país.
Nos últimos meses, ondas de repressão governamental levaram à condenação de centenas de ativistas, escritores, músicos e monges budistas que participaram de protestos não-violentos. As sentenças chegam a até 68 anos de prisão. Muitos foram transferidos para cadeias em regiões remotas do país.
A junta militar de Mianmar, que assumiu o poder em 1962, não tolera dissidentes políticos. Artistas são perseguidos com freqüência por oposição ao regime. As últimas sentenças foram criticadas por organizações internacionais em defesa dos direitos humanos e governos ocidentais, que alegam que os planos da junta de restabelecer a democracia nas eleições de 2010 não passam de uma farsa. Informações da AP [30/11/08].