Quatro jornalistas árabes foram proibidos de comparecer ao Fórum Árabe de Imprensa Livre, encontro anual organizado pela Associação Mundial de Jornais, pelas autoridades da Tunísia, Arábia Saudita e Síria. O encontro, realizado no fim de semana em Beirute, no Líbano, tem como objetivo examinar como a mídia independente pode ser efetiva apesar da grande repressão na região. ‘Estes jornalistas foram proibidos de participar da reunião para que não possam dar seus depoimentos sobre as restrições à liberdade de imprensa em seus países’, declarou a Associação Mundial de Jornais [11/12/08].
O jornalista Litfi Hidouri e o escritor Mohamed Abbou, da Tunísia, foram impedidos de embarcar em um avião para Beirute pela polícia do aeroporto. Abbou pôde voltar para casa, mas Hidouri foi detido. O blogueiro saudita Fouad al-Farhan, que deveria discursar sobre as mudanças na blogosfera árabe, também não pôde embarcar na quarta-feira (10/12). Ele foi libertado da prisão recentemente, mas desconhecia proibições para viajar. Mazen Darwish, diretor do Centro Sírio para Mídia e Liberdade de Expressão, também foi proibido de deixar seu país. É a segunda vez que não o deixam participar do encontro.
O Fórum é organizado em parceria pela Associação e pelo diário libanês an-Nahar, e reúne anualmente jornalistas independentes do Mundo Árabe para debater os desafios da mídia árabe. A Associação Mundial de Jornais representa 18 mil jornais, 77 associações de jornais, companhias e executivos em 102 países, 12 agências de notícias e 11 grupos de imprensa regionais e internacionais.