O órgão que representa a TV indiana anunciou uma nova série de regras para a cobertura jornalística ao vivo depois de canais serem acusados de ajudar os militantes que atacaram Mumbai no fim de novembro. ‘Nossas diretrizes já abordavam questões de segurança nacional, mas o episódio de Mumbai foi algo sem precedentes’, afirmou Annie Joseph, secretária-geral da associação de emissoras de notícias, em entrevista à AFP.
As novas normas proíbem a divulgação de informações que possam revelar operações de segurança e a exibição de telefonemas ao vivo com agressores ou reféns. Imagens que mostrem pessoas ensangüentadas ou muito feridas também serão banidas da telinha.
Segundo Annie, ainda que a associação não possa obrigar os diretores das emissoras a obedecer as regras, elas são ‘do interesse dos canais’. Este mesmo tipo de regulação já existe em países como os EUA, Reino Unido e Canadá.
As emissoras indianas foram duramente criticadas pela cobertura do atentado que, em três dias, deixou mais de 160 mortos em Mumbai. Na ocasião, terroristas, armados e com explosivos, atacaram sete pontos da cidade – dois hotéis, um centro judaico, um hospital, um cinema, um café histórico e uma estação de trem. Um dos canais chegou a exibir uma conversa telefônica com dois dos atiradores. Informações da AFP [18/12/08].