Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Israel aborta plano de entrada de jornalistas

O Exército de Israel voltou atrás em um acordo, na segunda-feira (5/1), para permitir que jornalistas entrassem em Gaza, alegando que a operação pela passagem fronteiriça de Erez seria muito perigosa. O governo afirma que a exclusão da mídia estrangeira de Gaza é útil porque faltaria ética e imparcialidade na cobertura feita por estes veículos. A partir desta quarta-feira (7/1), Israel interromperá os bombardeios a Gaza por três horas, diariamente, para permitir a entrada de ajuda humanitária na região.


Segundo Danny Seaman, que dirige o setor de imprensa do governo de Israel, falta profissionalismo e prudência aos profissionais de mídia estrangeiros. Ele afirma que não é responsabilidade de Israel dar aos jornalistas acesso a Gaza. ‘Para começo de conversa, eles já deveriam estar lá’ antes do acesso começar a ser restringido, no início de novembro. ‘Não vamos arriscar a vida dos nossos só para deixar que jornalistas entrem’.


Israel deu início às restrições depois que o período de seis meses de trégua com o Hamas começou a deteriorar, em 4/11. A Associação de Imprensa Estrangeira, com sede em Tel Aviv, foi para a justiça para conseguir que jornalistas entrassem em Gaza, e obteve um acordo de que oito profissionais de imprensa tivessem acesso quando a passagem de Erez fosse aberta por razões humanitárias. Durante o caso, o Exército alegou no tribunal que era muito perigoso permitir a entrada de jornalistas. Pelo acordo final, frustrado no início da semana, a Associação poderia selecionar seis jornalistas, por sorteio, e apresentar os nomes para análise de Israel. O governo israelense escolheria os outros dois jornalistas. Informações de Toni O’Loughlin [The Guardian, 6/1/09].