Editoras de revistas e jornais da Europa pediram na semana passada à Comissão Européia (CE), braço executivo da União Européia, que fortaleça as leis de proteção de direitos autorais a fim de possibilitar novas maneiras de se obter lucros online. A iniciativa partiu de uma campanha alemã, liderada pela editora Alex Springer, que publica o tablóide Bild, para fortalecer as leis de copyright no país.
Segundo as editoras, o amplo uso de seus conteúdos por agregadores de notícias e outros sítios prejudica os esforços para desenvolver novos modelos de negócios em um período em que leitores e anunciantes se afastam das revistas e jornais impressos. ‘Diversos sítios estão usando o trabalho de autores, editoras e emissoras sem pagar por isto’, declararam as editoras em carta a Viviane Reding, comissária européia para questões de mídia e telecomunicações. ‘A longo prazo, isto ameaçará a produção de conteúdo de alta qualidade e a existência de um jornalismo independente’. Até hoje, apenas poucas publicações, como o Wall Street Jornal e o Financial Times, obtiveram sucesso cobrando aos leitores por conteúdo online.
Executivos da indústria jornalística acreditam que o ‘direito conexo’ sobre o conteúdo daria a editoras a possibilidade de cobrar às empresas para acessarem e reproduzirem seu trabalho online, pagando licenças especiais. Já os internautas teriam acesso a sítios de notícias sem a licença. Eles também querem que o Google e outras companhias agregadoras de notícias usem uma nova tecnologia chamada Protocolo Automatizado de Acesso a Conteúdo, permitindo que editoras estabeleçam termos sobre o uso de seus conteúdos por ferramentas de buscas. Informações de Eric Pfanner [New York Times, 10/7/09].