Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Manipulação de tiragem e tabelas intocáveis

A respeito da colocação do Sr. Luciano Martins Costa, publicada na seção ‘Frases’ do Portal da Comunicação, citando um artigo do OI – ‘A falta de credibilidade dos jornais, entre executivos que tomam decisões de milhões de reais em investimentos, se prende à redução da capacidade da imprensa diária de oferecer ao leitor informação de qualidade – precisa e contextualizada.’ (Luciano Martins Costa, jornalista, em artigo no Observatório da Imprensa) – gostaria de contribuir com minha visão de publicitário.

Do ponto de vista da publicidade, a falta de credibilidade é a mesma, com as artimanhas de manipulação de tiragem/circulação, aliás, tema este que foi muito discutido recentemente nos Estados Unidos. Esse tipo de artimanha utilizada pelos jornais já é velha conhecida no Brasil; além do mais, a oligarquia dominante dos meios de comunicação brasileiros deveria ‘tomar vergonha na cara’ e parar de escrever e pregar uma coisa em suas páginas e praticar o oposto dentro das suas quatro paredes.

Por exemplo: nenhum deles teve a coragem e honestidade econômica, que cobram dos governos incessantemente, de adequar suas tabelas públicas de preço à realidade da relativa estabilidade econômica que estamos vivendo, deixaram os preços de veiculação de anúncios etc. ficarem em patamares elevados, revelando um ranço da inflação galopante e o medo do congelamento de preços.

Falando de ícones

Aí praticam descontos indecentes (chegando ao absurdo de 90%, 92% e 94%…), chamando o anunciante sério de idiota, descredenciando totalmente os seus representantes comerciais, que são os que ‘botam a cara para bater’. Estão matando sua própria galinha dos ovos de ouro, é só abrir qualquer jornal e ver o número de anunciantes.

No fim de tudo, demitem funcionários para enxugar custos (possivelmente com o objetivo de tornar o jornal vendável para um grupo multinacional), piorando ainda mais a qualidade do produto e mais uma vez aplicando o ‘faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’.

A conta deles parte do fim para o começo, ou seja, ‘meu lucro tem que ser este, e para chegar lá…’. São gestões equivocadas, que perdem o foco em delírios megalomaníacos de egos inflados, despejando cifras enormes em negócios duvidosos e enterrando as contas de onde o dinheiro nunca tinha que ter saído.

Não estou falando de jornal de bairro, não, que, com o devido respeito que lhes devo, poderia ter uma certa dificuldade de gestão, mas estou falando de ícones. Plagiando o Bóris Casoy, isso é uma vergonha!

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