A AP deu início esta semana a um plano para cortar despesas com pessoal em 10%. O porta-voz da agência, Paul Colford, recusou-se a revelar quantas posições já foram eliminadas, mas informou que a organização tem a intenção de realizar mais cortes até o final do ano em diversos países. O News Media Guild, sindicato que representa 1,3 mil funcionários da AP nos EUA, afirmou que 38 repórteres, editores e fotógrafos associados foram demitidos na terça-feira [17/11].
Há mais de um ano, a AP começou a se preparar para diminuir suas taxas para jornais e emissoras atingidos pela crise econômica e migração dos anúncios para a rede. Os lucros da agência devem cair cerca de 6% este ano, para US$ 700 milhões. Na esperança de minimizar as demissões, a AP impôs um congelamento das contratações no final do ano passado e ofereceu a funcionários pacotes de aposentadoria, que foram aceitos por cerca de 100 deles.
Especula-se que 400 cargos devam ser eliminados nesta nova fase. Os salários e outras despesas com pessoal chegaram a US$ 419 milhões no ano passado, um aumento de 2% em relação a 2007. Demissões são raridade para a agência de 163 anos, em especial após uma década de crescimento. No ano passado, os lucros da AP chegaram a US$ 748 milhões, quase três vezes a mais do que antes da expansão ocasionada pela internet, no fim dos anos 90.
Ainda assim, como 42% dos lucros da agência vêm de jornais e emissoras americanas, a crise econômica atingiu a cooperativa. Este ano, as taxas foram reduzidas em US$ 30 milhões e a previsão é de que este valor chegará a US$ 45 milhões em 2010. Informações da Editor&Publisher [18/11/09].