Thursday, 19 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Incêndio na CCTV tem cobertura controlada

A emissora estatal chinesa CCTV se desculpou pelo incêndio em seu novo complexo em Pequim, no início da semana, que causou a morte de uma pessoa. O fogo no modernoso edifício de 30 andares, que ainda não havia sido aberto, teve início na noite de segunda-feira (9/2) e seguiu até o começo da madrugada. Cerca de 600 bombeiros participaram da operação para controlar as chamas. Sete pessoas ficaram feridas e um bombeiro morreu ao inalar gases tóxicos.


O incêndio foi causado por fogos de artifício, que teriam sido colocados em uma área aberta do lado da parte do complexo onde irá funcionar um hotel. Segundo um bombeiro, havia centenas de fogos ‘muito mais fortes e explosivos’ do que os disponíveis para a venda ao público durante o feriado do Ano Novo chinês. Os artefatos precisariam de permissão da prefeitura. Responsáveis pela empresa que os forneceu e os instalou seriam interrogados.


Cobertura oficial


Em seu sítio de internet, a CCTV pediu desculpas pelo incidente. ‘Sentimos muito que o incêndio tenha causado uma grande perda de valor nacional. Nos desculpamos pelos engarrafamentos e pelo inconveniente causado pelo fogo’, afirmou. Como qualquer evento negativo que ocorra no país, a cobertura jornalística do incêndio foi escassa na mídia local. Duas horas depois do início das chamas, a CCTV ainda não havia interrompido sua programação – que exibia um programa de variedades comemorando o último dia do Ano Novo. À meia-noite, quando o fogo já havia sido parcialmente controlado, a emissora divulgou uma notícia de uma linha em seu sítio.


Um comunicado do governo foi enviado aos veículos de comunicação proibindo a divulgação de fotos, vídeos e informações mais aprofundadas e pedindo que se baseassem nos dados fornecidos pela agência de notícias oficial Xinhua. A cobertura mais completa, portanto, foi feita por jornalistas-cidadãos, que passaram a enviar fotos e vídeos para a internet com informações sobre o que ocorria no local. As mensagens em fóruns e blogs eram tantas que os sistemas de censura online não conseguiam dar conta de controlá-las. Até o comunicado com a tentativa de censura foi parar na rede. Informações da Reuters [10/2/09] e de Jane Macartney [Times Online, 11/2/09].