A Casa Branca deve dar início, nas próximas semanas, a uma campanha de relações públicas em Israel e nos países árabes para tentar difundir os planos do presidente americano Barack Obama para um acordo de paz envolvendo Israel, os palestinos e o mundo árabe. A campanha ocorre depois de meses de esforços, debates e muitas viagens do enviado especial dos EUA ao Oriente Médio, George J. Mitchell, sem nenhum resultado concreto.
Apesar de especulações de que o governo americano estaria falhando em seu propósito, Mitchell insiste que as respostas dos países envolvidos têm sido positivas, mas que ainda é preciso mais trabalho. A campanha de relações públicas incluirá entrevistas com Obama em canais de TV árabes e israelenses. Em Israel, a opinião pública critica a pressão americana para que a construção de prédios para assentados na Cisjordânia seja interrompida, o que prejudica as negociações pelo acordo de paz. No mundo árabe, há até agora pouca evidência de mudança de opinião sobre Israel.
Mitchell, por outro lado, afirma que tem obtido uma resposta diferente em seus encontros privados com mais de uma dúzia de líderes árabes. Muitos deles, alega, estariam prontos para considerar novas medidas de aproximação – sem detalhar quais seriam estas medidas. Membros do governo afirmam se tratar de planos de que países árabes abram escritórios comerciais em Tel Aviv e que seus líderes concedam entrevistas a jornalistas israelenses. Analistas afirmam que o grande problema é persuadir ambos os lados a agir simultaneamente, quando cada um espera que o outro tome a iniciativa. Informações de Mark Landler [3/8/09].