As jornalistas Laura Ling e Euna Lee chegaram aos EUA na quarta-feira [5/8] acompanhadas do ex-presidente Bill Clinton, e tiveram um emocionado reencontro com suas famílias. As repórteres americanas passaram cinco meses presas na Coréia do Norte por entrarem ilegalmente no país e foram condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Após meses de apelos do governo americano e especialmente da secretária de Estado, Hillary Clinton, pela soltura de Euna e Laura, Bill Clinton viajou à Coréia no início da semana e se encontrou com o líder comunista Kim Jong-il, pedindo que libertasse as jornalistas – o que foi aceito. Laura e Euna, que trabalham para o canal interativo Current TV, criado pelo ex-vice-presidente Al Gore, faziam uma reportagem sobre norte-coreanos que fogem para a China em busca de uma vida melhor quando foram capturadas por soldados. Elas haviam entrado pelo país vizinho e estavam perto da fronteira.
Na terça-feira [4/8], após a libertação das jornalistas, a também repórter Lisa Ling, irmã de Laura, contou que as duas prisioneiras passaram a maior parte do tempo separadas. ‘Elas se viram muito no começo, por alguns dias, e depois ficaram separadas por quatro meses e meio’, afirmou, em entrevista à TV americana. Lisa contou que, em uma das vezes que falou com a irmã pelo telefone, ela pediu que fosse escrita uma carta para Euna, dizendo que pensava nela e a amava. A jornalista não quis entrar em detalhes sobre as circunstâncias da prisão de Laura. ‘Eu não conversei com ela sobre detalhes sobre o que realmente aconteceu naquele dia. Nós sabemos que, quando elas deixaram os EUA, não tinham a intenção de cruzar a fronteira [da China com a Coréia do Norte]’, declarou. Com informações da AFP [5/8/09].