Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Diagramador morre após agressão

Sergei Protazanov, funcionário do jornal russo Grazhdanskoye Soglasiye, morreu na segunda-feira (30/3), após ser agredido perto de sua casa, no mais recente ataque a profissionais da mídia na Rússia. Ele foi encontrado ferido por um pedestre no domingo (29/3), na calçada de uma rua de Khimki, cidade perto de Moscou, informou Anatoly Yurov, editor do jornal onde trabalhava. Ele chegou a ser atendido em um hospital, sendo liberado em seguida.


Protazanov tinha um braço protético e trabalhava como diagramador. Segundo a agência de notícias RIA-Novosti, a polícia teria negado a agressão e alegou que ele morreu por um envenenamento acidental – seja por algo que comeu no hospital ou algum medicamento. Segundo o editor, o ataque está relacionado ao trabalho do diagramador – que teria lhe telefonado do hospital contando sobre a agressão. ‘Tudo dói, por dentro e por fora. Não posso me mexer’, disse.


De acordo com Yurov, seis jornalistas foram gravemente agredidos na cidade nos últimos dois anos – Protazanov foi o segundo em seis meses. Ele estaria compilando uma edição que incluía matérias sobre supostas falsificações nas eleições para prefeito. Mikhail Beketov, editor da publicação mensal Khimkinskaya Pravda, permanece em coma após ter sido atacado em novembro. Ele foi acusado de difamar autoridades locais, em campanha contra projetos de desenvolvimento que ameaçavam o meio ambiente. O advogado de Beketov e uma repórter do jornal independente Novaya Gazeta foram mortos a tiros em janeiro, em uma rua perto do Kremlin.


O Comitê para a Proteção dos Jornalistas afirmou que 16 repórteres foram assassinados na Rússia desde 1999. A polícia raramente soluciona estes casos. ‘Parece que não há fim para os ataques a jornalistas, especialmente os locais, e ativistas pelos direitos humanos’, declarou a organização Repórteres Sem Fronteiras. Informações de David Nowak [AP, 1/4/09].