O governo da Argélia proibiu a distribuição de três publicações francesas na véspera das eleições presidenciais, marcadas para esta quinta-feira (9/4). O presidente Abdelaziz Bouteflika concorre ao terceiro mandato – ele mudou a Constituição no fim do ano passado para poder fazê-lo. Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras, a censura ‘representa uma recusa à liberdade de imprensa e à democracia’
Os veículos tiveram a distribuição suspensa sob o artigo 26 da legislação de mídia, que diz que ‘publicações periódicas ou especiais, nacionais ou estrangeiras, não devem incluir ilustrações, relatos ou informações contrárias à moral Islâmica, aos valores nacionais e aos direitos humanos, ou que admitam racismo, fanatismo ou traição’.
A edição de 2 a 8 de abril do semanário L’Express foi confiscada por conta de um artigo intitulado ‘Abdelaziz e seu povo’; a edição de 4 a 10 de abril da revista Marianne traz um artigo em que chama o presidente de ‘o último sultão’; e o Journal du Dimanche foi punido por um texto sobre a votação de argelinos na França. Informações da Repórteres Sem Fronteiras [8/4/09].