A Polícia Metropolitana de Londres pediu desculpas a fotojornalistas por tê-los impedido de cobrir brigas entre manifestantes e policiais da tropa de choque em frente ao Banco da Inglaterra, durante o encontro dos líderes do G20 na semana passada. Na ocasião, um homem morreu após sofrer um ataque cardíaco. Diversos fotógrafos haviam reclamado que a polícia os expulsou do local do protesto, citando um artigo de um ato de ordem pública de 1986, destinado a evitar ‘séria desordem pública, sérios danos criminais ou séria perturbação na vida da comunidade’.
O ato pode ser usado pela polícia para impor restrições a protestos, incluindo local, duração e número de manifestantes, para manter a ordem pública – mas não é destinado a evitar que repórteres cubram eventos. Uma porta-voz da polícia desculpou-se aos jornalistas. ‘O ato foi usado para dispersar manifestantes e, se houve algum fotógrafo prejudicado por isto, pedimos desculpas. Respeitamos o direito de fotojornalistas de cobrir eventos’, afirmou, negando que a polícia tenha usado o ato de maneira incorreta propositalmente. ‘Jornalistas não foram alvos específicos’.
Muitos fotógrafos reclamaram ainda que tiveram que ser fotografados para poder deixar a área. A polícia explicou, no entanto, que se trata de uma prática comum para recolher evidências para uso futuro contra qualquer um que possa ter cometido alguma violação durante uma manifestação. Informações de Mark Sweney [The Guardian, 8/4/09].