Jornalistas do Sri Lanka continuam proibidos de escrever sobre os riscos enfrentados por civis que estavam em campos de refugiados do governo desde o fim do conflito com a rebelião separatista tâmil, em maio, e foram libertados esta semana, noticia a AFP [4/12/09]. O ministro do Exterior, Rohitha Bogollagama, declarou à BBC que a mídia agora teria acesso completo aos civis, o que gerou uma grande demanda de repórteres para ir até a ex-zona de guerra no norte do país.
No entanto, as restrições às visitas no distrito de Vavuniya, onde o governo mantém campos de refugiados, permanecem. ‘As restrições a jornalistas visitarem deslocados nos campos não foram anuladas’, informou o ministro de Direitos Humanos, Mahinda Samarasinghe. As poucas visitas realizadas tiveram estrita supervisão militar. ‘A mídia não pode ir nos alojamentos’, reafirmou o assessor de imprensa do Ministério de Defesa, Lakshman Hulugalle.
O Comitê Interancional da Cruz Vermelha disse que também não teve acesso aos campos de refugiados. Quase 300 mil pessoas foram deslocadas durantes os últimos estágios da guerra, depois que as forças do governo derrotaram os rebeldes dos Tigres Tâmeis e colocaram fim ao conflito de 37 anos, em maio. De acordo com Samarasinghe, quase 70% dos deslocados foram levados de volta às suas cidades. O governo prometeu reassentar os desalojados até o final de janeiro do ano que vem.