Você se considera em informado? Não, não precisa responder agora. Antes, pense nisso: tudo o que você aprende pelos jornais, revistas, rádios ou televisão depende diretamente de alguém que assume a função de decidir o que você precisa saber. São os porteiros das redações, os jornalistas que produzem, selecionam, amplificam ou minimizam o que você vai saber dentro de horas.
Mas sem esses porteiros você receberia tamanha massa de informações que precisaria de horas ou talvez dias para digerir tudo o que aconteceu. Você precisa dos porteiros mas será que eles estão se saindo bem?
Veja esse caso: os jornais voltaram a ocupar-se com a vida privada de Vera Fischer. Isso interessa a alguém fora do seu círculo íntimo? No entanto, Vera Fischer está nos jornais há um ano porque os porteiros das redações acreditam piamente que você está vitalmente interessado na vida emocional da atriz. E se a vida privada de Vera Fischer não lhe interessa, alguém em seu nome anda tomando decisões erradas.
Outro caso: no último sábado, dois colunistas políticos de jornais que competem ferozmente entre si publicaram um comentário praticamente com o mesmo título e o mesmo teor. Lendo-os, percebe-se que não foi coincidência. A fonte do comentário foi a mesma e certamente na mesma hora. Mais grave: era uma opinião e não uma informação.
Pergunta você: os jornalistas não deveriam competir entre si para apresentar aos leitores visões diferentes? Deveriam, mas em Brasília as coisas são diferentes. Exatamente o que a jornalista Dora Kramer chamou aqui de pool de informações. Agora, com esses dois pequenos exemplos, você já tem condições de avaliar se é um cidadão bem informado.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm