Jornais podem apoiar candidatos? Neste caso o que é melhor – apoio ostensivo ou endosso disfarçado?
Os grandes veículos ingleses e americanos seguem a tradição de declarar claramente a sua preferência por candidatos ou partidos pouco antes do pleito na página de opinião. Com isso oferecem a sua opinião com toda a transparência e sem disfarces. Mas, em contrapartida, ficam obrigados a manter-se isentos e eqüidistantes no noticiário.
Neste segundo turno das eleições tivemos na grande imprensa duas declarações de voto abertas e inequívocas. O Estadão manifestou-se a favor de Mário Covas e o JB optou em favor de César Maia.
E como é que ficam os articulistas, podem expressar as suas preferências? Ou devem ajustar-se à linha da casa? A soma destas preferências individuais não daria aos jornais o aspecto pluralista?
Este Observatório não pode deixar de registrar dois casos de censura a articulistas ocorridos nos últimos dez dias na grande imprensa paulista. Como sou um destes articulistas censurados, considero-me impedido de comentar o episódio.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm