A mídia continua na ordem do dia. Aqui e no resto do mundo.
A capa da última edição do ano passado do famoso Libération de Paris dizia: 1998 o ano anti-mídia. Dez dias antes a edição on-line do Observatório da Imprensa destacava a mesma coisa: 98, o ano em que a imprensa ficou pelada.
Para quem não sabe, o Libération é um dos mais importantes jornais franceses e no Brasil foi até recentemente uma espécie de Bíblia. Alguma coisa a mídia está aprontando para merecer estes reparos.
Começou 1999, o último ano do século e do milênio e a mídia continua na berlinda. A cobertura da moratória declarada pelo governador de Minas Gerais nos primeiros dias do ano é exemplar.
Não nos compete entrar no mérito da questão, isto fica para os especialistas. Cada veículo tem o direito de tomar posições contra ou a favor de um ato político mas não pode perder a compostura. Inclusive fazer blague a respeito do famoso topete.
Mas é inconcebível que uma publicação da importância de Veja ao atacar a decisão de um governador que também foi presidente da República, use termos ofensivos e valorize aspectos privados que nada têm a ver com a sua conduta de homem público.
Lembrar agora o episódio da vedete Lilian Ramos que abancou-se no camarote presidencial no desfile das escolas de samba, sem calcinhas, é despropositado, desonesto e insolente. É um recurso do baixo jornalismo, jornalismo marrom, que deslustra a maior editora de revistas do país.
E porque este Observatório ultimamente tem flagrado Veja em procedimentos não muito éticos, fomos castigados na sua última edição como um dos mais vulgares programas da Tv brasileira.
É um direito que assiste aos responsáveis pela revista. Cabe apenas lembrar aos seus leitores que Veja já não tem crítico de Tv, demitido sumariamente pela direção porque não a defendeu num destes sórdidos desempenhos.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm