A mulher esteve muito presente nas primeiras páginas dos jornais, nas capas das revistas e nos programas de Tv.
Parecia que enfim chegamos ao paraíso do equilíbrio entre os sexos. A explicação é simples: ontem, segunda, foi o Dia Internacional da Mulher.
Mas hoje, terça, a mulher foi expulsa do noticiário. Voltou aos cadernos femininos. O problema das efemérides é que depois da festa volta tudo ao que era.
No próximo domingo ou sábado à noite, para atrair a leitora e telespectadora, os jornais e telejornais voltarão a apresentar aquilo que pensam ser o chamariz para atrair o público feminino – gente famosa, milagres médicos, trivialidades e abobrinhas. Essa é uma distorção que começa na mídia e termina no cotidiano da nossa sociedade: a mulher-leitora ou telespectadora ainda é vista como incapaz de se interessar pelos assuntos ditos sérios que interessam aos homens.
Nesse Dia Internacional da Mulher ficou evidente também que os homens continuam na Idade Média – só se interessam por certas mulheres, certos ângulos de certas mulheres. Ou pelo que certas mulheres têm a contar sobre o que fizeram com certos homens.
Apesar de alguns avanços dentro das redações onde as mulheres hoje desempenham papel destacado, a mídia ainda é basicamente machista.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm