Thursday, 26 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O interesse público

Nosso assunto de hoje é outro. Mas não podemos deixar de registrar o barulho da edição da Folha de S. Paulo, hoje, terça-feira. O jornal publicou um resumo das 46 fitas que resultaram do grampo no BNDES e que mostrariam que o presidente da República ajudou a favorecer certos grupos no leilão da Telebrás no ano passado.

Por ora, temos que observar o seguinte: a Presidência deveria ter rebatido pronta e cabalmente as acusações implícitas na manchete da Folha. Respostas deste tipo não podem ser delegadas a terceiros.


Quanto à matéria da Folha observamos o seguinte: não houve referência alguma na primeira página ao editorial em que o jornal reconhece que a obtenção da informação foi irregular. O leitor precisava ter a sua atenção chamada para essa questão.


Registramos também que não houve nenhum esforço do jornal para oferecer o outro lado. Também não houve investigação: o jornal simplesmente foi o receptador das fitas de uma fonte anônima a quem interessava a sua divulgação e as transcreveu.


Se é esse o comportamento suficiente e correto vamos discutir proximamente.


Vamos tratar hoje de nós mesmos – a Rede Pública de Tv. Alguns setores da sociedade estão ficando incomodados com a evidência das emissoras educativas ou culturais e começaram a chiar. Bom sinal, sinal de que a mídia privada começa a sentir-se ameaçada por este pólo alternativo.


A primeira manifestação surgiu na semana passada quando um jornal de São Paulo levantou a suposta ‘ilegalidade’ da veiculação de comerciais na Tv Cultura.


Decidimos discutir abertamente essa questão para mostrar as diferenças de atitude entre emissoras voltadas para o interesse público e uma certa mídia interessada em explorar a boa-fé da opinião pública.


Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm