Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Vamos levá-los hoje além da atualidade para encontrar algumas explicações sobre a própria atualidade.
Se alguém ainda tem dúvidas sobre a necessidade de observar a mídia, o episódio que vamos examinar hoje, embora passado, certamente vai dissipá-las. Exatamente há 45 anos suicidava-se o presidente Getúlio Vargas e a imprensa foi a principal protagonista desta tragédia.
Quando alertamos aqui para os perigos do pré-julgamento não podemos esquecer o linchamento a que foi submetido o presidente Vargas.
Quando lembramos que jornais e jornalistas devem resistir à tentação de serem protagonistas não podemos esquecer que em agosto de 1954 tivemos a maior exibição de prepotência e arrogância da história do nosso jornalismo.
Hoje criticamos o marketing, a ânsia de aumentar as vendas e as audiências mas há quase meio século a imprensa, o rádio e a nascente televisão embarcavam num ensandecido sensacionalismo que não apenas tirou a vida de um presidente mas criou uma sucessão de golpes e consagrou o golpismo como escola política.
O denuncismo fácil que hoje condenamos teve nos episódios que culminaram com o 24 de agosto sua inspiração e matriz.
Hoje, ao combinar jornalismo e história é nossa intenção mostrar que jornalismo é história. Pequenas irresponsabilidades da mídia podem mudar drasticamente o curso dos acontecimentos. A maioria dos personagens envolvidos nesta tragédia já morreu. Mas as lições estão quentes e vivas.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm