Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
Você está participando da edição número 82, a última deste ano. Você vai rever conosco um ano diferente. 1999 foi o ano em que a imprensa foi notícia. E daqui para frente vai ser sempre assim porque na era da informação, a informação e o modo de apresentá-la é que conta.
1999 começou mal e acabou mal. Em janeiro passado, antes e depois da desvalorização cambial a imprensa comportou-se como barata tonta, desinformada e desinformando. Experimente ler hoje o que então foi escrito e você terá a dimensão exata do que então foi noticiado.
Ao longo do ano, em alguns momentos, a imprensa soube mostrar sua desenvoltura e seu potencial para defender o interesse público. Mas, na maioria das vezes, não se saiu bem.
Em novembro, um livro-bomba que pretendia ser uma espécie de CPI da mídia, ficou amarrado ao período Collor como se as mazelas só tivessem ocorrido naquele período. A própria imprensa ao promover um carnaval em torno do livro encarregou-se de limitar o seu âmbito – recusou ir para trás ou para frente. Pegou alguns para malhar e esqueceu dos demais.
O episódio final ocorre agora: está na capa da Isto É desta semana o fax de baixíssimo calão assinado pelo senador ACM em papel timbrado do Senado contra o diretor da sucursal da Isto É em Brasília.
Acostumado a ser cortejado por jornalistas aos quais abastece com as informações que lhe convém o senador baiano não gostou de uma notinha que havia saído. agora pasmem – apesar da inédita truculência e do destaque que a revista deu ao fax, nenhum jornal ou jornalista tratou do caso, ontem ou hoje.
O balanço que agora vamos apresentar foi feito pelos participantes do programa, não é um retrospecto minucioso, é apenas um perfil da imprensa. e se o resultado é pouco favorável o problema é da protagonista e não dos observadores.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm