Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.
No último programa sobre celebridades e banalidades da mídia comentamos que, em função disso, apenas a Rede Record havia tratado dos 25 anos do assassinato do jornalista Vladimir Herzog nas dependências do Doi-Codi. E de fato foi a única em rede nacional. A Tv Cultura, onde Herzog era o diretor de jornalismo quando foi preso, tratou do assunto em diversos noticiários mas não no âmbito nacional.
Há uma semana a mídia mundial está em suspense, presa a um tema que coloca o resto da pauta em posição secundária. As eleições para a escolha do sucessor do presidente Bill Clinton ainda não têm vencedor e, pelo visto, assim continuará por mais alguns dias. Ou talvez semanas.
Não vamos discutir o pleito em si e o elaborado sistema eleitoral americano em funcionamento há cerca de 200 anos. Como sempre o nosso foco é o desempenho da mídia. Neste caso, mais do que nunca porque a própria mídia americana foi a vedete dos primeiros lances deste imbróglio. Quando o pool que reunia todas as redes de Tv começaram a anunciar os resultados da pesquisa de boca de urna produziram a ‘barriga’ do século ora favorecendo um candidato ora o outro e em seguida reconhecendo o empate e provocando uma série de gafes diplomáticas pelo mundo inteiro.
Este Observatório desde a sua criação vem discutindo a febre de pesquisas eleitorais que chamamos de pesquisite, ela distorce a própria natureza do processo e minimiza o debate político. Diante deste surto de pesquisite aguda na própria matriz das pesquisas você pode imaginar o que pode acontecer por aqui.
Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm