O principal suspeito de ser o responsável pelo massacre de 57 pessoas, incluindo 30 jornalistas, no final de novembro, foi atacado por repórteres em uma audiência na semana passada, em Maguindanao. Apesar da segurança, jornalistas puderam esfregar fotos de seus colegas mortos no rosto de Ampatuan Jnr, prefeito e membro de um poderoso clã político, que sorriu e pareceu despreocupado. Ele só esboçou alguma reação quando a lente da câmera de um repórter o atingiu nos olhos, fazendo-o gritar de dor.
Ampatuan e outros membros do clã são acusados de estar por trás do massacre de 57 pessoas, incluindo parentes de um rival político, advogados e jornalistas, para evitar a disputa nas eleições a governador em maio de 2010. As vítimas viajavam em um comboio pela província de Maguindanao para oficializar a candidatura do político Ismael Mangudadatu. Ao chegar ao vilarejo de Masalay, o grupo sofreu uma emboscada. Cerca de 100 homens fortemente armados sequestraram o comboio e passaram a assassinar brutalmente as pessoas.
Os assassinatos geraram fúria em todo o mundo e levaram a presidente Gloria Arroyo a declarar estado de sítio do dia 4 a 12/11. Neste período, 600 suspeitos foram presos, incluindo os líderes do clã de Ampatuan, e foram apreendidos mil armas e 500 mil cápsulas de munição. O advogado de Ampatuan, Siegfried Fortun, alegou que o réu não exerceu seu direito de recorrer às acusações. Uma audiência do julgamento foi marcada para dezembro. Informações da AFP [19/12/09].