Em fevereiro de 1815, o imperador deposto Napoleão Bonaparte fugiu da Ilha de Elba, para onde havia sido exilado, e começou a marcha de regresso a Paris. O jornal parisiense Le Moniteur Universal acompanhou a trajetória com as seguintes manchetes:
‘O antropófago saiu de sua caverna’
‘O ogro da Córsega desembarca no Golfo Juan’
‘O tigre chegou a Gap’
‘O monstro pernoitou em Grenoble’
‘O tirano passa por Lyon’
‘O usurpador visto a 60 léguas da capital’
‘Bonaparte avança a grandes passos, mas não entrará jamais em Paris’
‘Napoleão estára amanhã nas nossas trincheiras’
‘O imperador chegou a Fontainebleau’
‘Sua Majestade Imperial e Real entrou ontem à tarde no seu castelo das Tulherias, em meio aos seus súditos fiéis’.
Ao longo do ano passado e até tão recentemente como 18 de novembro, a corrosiva colunista Maureen Dowd, do New York Times, se referia ao presidenciável democrata Barack Obama como ‘Obambi’.