Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

As limitações do protesto virtual (2)

Anteontem escrevi neste espaço, a propósito da enxurrada de protestos na internet contra o hiperaumento salarial dos congressistas: ‘A internet pode impulsionar a organização da sociedade. Pode ter um papel decisivo para levar a sociedade organizada a agir. Só não pode substituí-la na ação.’

Hoje o jornalista Fernando Rodrigues escreve no seu espaço na página 2 da Folha:

O Supremo Tribunal Federal derrubou o aumento salarial de 91% autoconcedido por deputados e senadores. O reajuste caiu porque era ilegal. Não houve relação com uma suposta pressão da sociedade. A mobilização dos brasileiros até agora se restringiu a reportagens na mídia, e-mails em profusão e alguns gatos pingados gritando em cidades grandes. Pouco para mudar a opinião dos políticos.


Sobre cidadania e capacidade associativa, pesquisa Ibope revelou um cenário assustador – ressaltado ontem pelo prefeito do Rio, César Maia. ‘Trabalha para um partido político ou candidatos, mesmo que seja como voluntário?’, perguntou o instituto -91% responderam ‘nunca’ ou ‘quase nunca’. ‘Trabalha pela defesa de propostas ou idéias que afetam a sua vida ou a de sua comunidade?’, foi outra questão. Nesse caso, 79% disseram ‘nunca’ ou ‘quase nunca’.’

[Ver em http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/blogs.asp?id={51D35C41-A76D-42C2-A5EC-DAC08617778E}&id_blog=3 e http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2012200604.htm]

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