Bem-vindos ao Observatório da Imprensa. Voltamos à era do rádio: há uma década falar sobre o rádio significava um mergulho no passado, exercício de nostalgia. Hoje, o rádio está na vanguarda, é a palavra de ordem, sobretudo porque o rádio hoje está acoplado às novas tecnologias da informação. É a modernidade. É a democratização da informação num país com as nossas dimensões e exclusões. Justamente por isso escolhemos o rádio para comemorar os nossos aniversários. Sim, aniversários – não fazemos por menos: há nove anos, em fins de abril de 1996, começamos o nosso site. E no dia cinco de maio de 98, portanto, há sete anos, iniciamos as emissões semanais deste Observatório da Imprensa pela televisão aqui na TV Educativa no Rio de Janeiro. O rádio entra nesta história intencionalmente: amanhã, quarta-feira, vamos tentar nos engajar na nova era do rádio com um programa diário na Rádio Cultura-FM de São Paulo, que poderá ser ouvido simultaneamente em nosso site de segunda á sexta, às nove da manhã e depois em qualquer horário. E o que é melhor, muito em breve a Rádio MEC FM, do Rio, também vai transmitir o programa. Este Observatório passa a ser efetivamente multimeios, passa a ser efetivamente nacional e efetivamente público porque reúne um empreendimento do terceiro setor, o Instituto Projor, uma empresa federal (a proprietária da TVE Brasil e da Rádio MEC) e uma entidade estadual, a Fundação Padre Anchieta, detentora da TV e da Rádio Cultura. Olhamos para o futuro mas não podemos esquecer de prestar contas a você telespectador que nos privilegiou com a sua atenção. Nestes sete anos quase ininterruptos fizemos 325 edições semanais quase sempre ao vivo. Trouxemos a estes estúdios 725 debatedores e gravamos entrevistas com 1283 especialistas. A participação do cidadão-telespectador foi impressionante: recebemos 6800 telefonemas e 3200 emails. Estamos na rede aberta de tv em 23 dos 27 estados e na tv por assinatura em todas as unidades da federação. Mas infelizmente nesta edição festiva somos obrigados a encarar as duras realidades da imprensa brasileira: hoje, dia mundial da liberdade de expressão, nenhum veículo lembrou-se da inédita sentença divulgada há quatro dias que condena à prisão domiciliar ao longo de 18 meses o jornalista Jorge Kajuru. É a primeira vez que um jornalista será preso desde o fim da ditadura. O mais patético é que o autor da ação que culminou com a drástica sentença, é um dono de jornal, ‘O Popular’ de Goiânia. Vamos ingressar no Guiness, o livro dos recordes, pela porta dos fundos. Voltaremos ao assunto. Assista ao compacto desse programa em:
www.tvebrasil.com.br/observatorio/videos.htm