Não é importante, mas é irritante – e um desrespeito ao leitor.
O Estado de hoje, em que o ex-presidente Fernando Henrique prega o voto distrital puro – um tiro no pé, como pretendo mostrar em outra nota -, traz uma breve, porém bem feita entrevista do repórter Carlos Marchi com o estudioso que talvez seja o pai da matéria, quando se fala de reforma política: o professor Jairo Nicolau, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro.
Nicolau alerta para o risco de imaginar que reforma política é a panacéia para as mazelas éticas que empurraram para abaixo de zero a respeitabilidade do Congresso Nacional, acha que antes de mais nada é preciso se formar um consenso sobre a abrangência das mudanças e, por fim, relaciona os pontos que, a seu ver, devem ser focalizados.
O primeiro é o financiamento das campanhas. Ele defende que seja exclusivamente público.
O segundo é o troca-troca de partidos. Ele é pela fidelidade partidária estrita.
O terceiro é são as coligações partidárias nas eleições proporcionais (para vereadores, deputados estaduais e federais). Ele sustenta que é absolutamente necessário coibi-las.
O quarto, o quarto… – cadê o quarto?
O jornal não traz. A matéria acaba antes.
Como ironizou uma leitora, se os Três Mosqueteiros eram quatro, no Estadão, quatro pontos são três.
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