Friday, 27 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Rita Celia Faheina

‘Na última coluna de 2009, quero agradecer aos leitores que me ajudaram a redigi-la. Aos que enviaram e-mails, telefonaram, vieram à sala da ombudsman para apontar os erros, fazer suas reclamações, analisar, concordar ou discordar, fazer elogios. Dessa forma contribuíram para melhorar o jornal. E não só os que recebem, diariamente, em suas casas como assinantes ou que compram nas bancas, mas os que leem na Internet (O POVO Online).

Agradeço ainda aos que enviaram comentários sobre os programas da TV O POVO. Mesmo sendo ombudsman do jornal, os encaminhei e foram respondidos pelo diretor de jornalismo da emissora, Marcos Tardin. Agradeço ao Tardin o pronto atendimento em responder aos telespectadores.

A colaboração de todos foi essencial neste mandato que se encerra no próximo dia 7 de janeiro, data em que O POVO completa 82 anos. Naquele dia, tomarão posse os 15 novos membros do Conselho Consultivo de Leitores do O POVO e o novo ombudsman, o jornalista Paulo Rogério, que é um dos editores-adjuntos do Núcleo Cotidiano, o mesmo núcleo de onde saí e retorno no próximo mês de fevereiro, após cumprir férias.

Paulo Rogério é um excelente profissional. Durante muito tempo editou as páginas de esportes (GOL!), sempre muito criterioso e com o cuidado de diversificar as pautas. É muito querido na redação pelo seu jeito tranquilo, brincalhão e sempre de bom humor. Tenho a certeza de que agradará muito aos leitores, os atenderá e encaminhará suas reclamações e sugestões com a mesma agilidade com que eu procurei fazer durante este ano.

Nas suas primeiras declarações, após a escolha pela presidente do Grupo de Comunicação O POVO, Luciana Dummar, o Paulo disse que a missão de ombudsman é desafiadora porque saímos da redação para ficar do outro lado, mas é algo que fascina. E é mesmo. Para mim, além do desafio, foi um grande aprendizado.

Como leitora e tendo que analisar a edição do jornal, todos os dias, aprendi muito e vi também o quanto cometia erros como repórter. Na função de ombudsman, você faz uma autocrítica. Vê, através das matérias escritas por seus colegas, o tanto de erros e falhas que você comete pela pressa, pelo descuido, por não apurar bem determinado assunto e até por não perceber, muitas vezes, o que é mais importante para apresentar ao leitor.

Com certeza, quando retornar à Redação, retorno com muitas lições. Não só de jornalismo, mas de vida mesmo. Com mais humildade e aberta às críticas, às correções apontadas pelos leitores, pelos editores e pelos colegas. Aceitar que nos critiquem, que digam que estamos errados, que ensinem como deveríamos fazer, para nós, jornalistas, ainda é algo muito difícil, mas quando passamos pela função de ombudsman mudamos muito essa postura. Pelo menos eu mudei.

Paulo Rogério terá “a companhia“ diária de leitores fiéis que raramente deixam de ligar para ajudar na análise das matérias. Foi assim comigo. E, nesta ocasião, quero citar alguns nomes como o de José Mário da Silva, que não só criticava ou apontava erros, mas sugeria pautas aos repórteres e elogiava matérias. Ao Edilton Urano, César Vale, Vicente de Paulo, Leilah Ribeiro, aos professores Ireleno Benevides e André Studart, ao médico e professor Marcelo Gurgel, agradeço pelas valiosas colaborações.

Não poderia esquecer dos ex-ombudsmans que me ajudaram e, principalmente, me corrigiram quando errei, como a professora Adísia Sá, ombudsman emérita e membro do Conselho Editorial: o jornalista Plínio Bortolotti, diretor institucional do Grupo de Comunicação O POVO e a jornalista Regina Ribeiro, editora da Fundação Demócrito Rocha. Entre os colegas da Redação, cito, entre muitas, a colaboração do Jocélio Leal, redator da coluna Vertical S/A.

Outro grande colaborador desta coluna foi o professor de Língua Portuguesa Myrson Lima, que nunca deixou de contribuir quando solicitei e, não só presenteou os leitores com suas lições de gramática, mas contribuiu muito para o meu aprendizado. Tenho a certeza de que todas essas pessoas citadas aqui, e muitas outras que deixei de citar por causa do limite de espaço da coluna, vão continuar em contato com o Paulo Rogério.

O novo ombudsman tem um pensamento igualzinho ao meu quando declara que “o jornal tem o papel de contar boas histórias de gente e estar próximo ao leitor, de suas necessidades“. E é quando O POVO publica essas boas histórias, como o caderno especial da última quinta-feira, 24, contando histórias de pessoas com os nomes dos que iniciaram a nossa vida cristã – Jesus, Maria, José, os Reis Magos e até o animal que conduziu a sagrada família -, que fica bem perto do leitor.

É quando o jornal se empenha numa campanha para a construção da Casa de Apoio Sol Nascente, que abriga crianças portadoras do vírus HIV (causador da aids) que consegue envolver a todos e presta um grande serviço à sociedade. Estarei do seu lado, Paulo Rogério, pronta a contribuir para o seu sucesso nesta função que é desafiadora, sim, mas que nos traz um grande aprendizado. Um bom Ano Novo para todos nós!’